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Ex-ministros defendem poupança ao longo da vida para a reforma

Os ex-ministros Fernando Teixeira dos Santos e Pedro Mota Soares defenderam hoje o aumento da literacia financeira e alertaram para a importância da poupança ao longo da vida para a reforma, advertindo para a baixa taxa em Portugal.

Ex-ministros defendem poupança ao longo da vida para a reforma
Notícias ao Minuto

19:19 - 02/10/23 por Lusa

Política Conferência

Os antigos ministros falavam na conferência 'a importância da poupança para a reforma e o contributo das soluções complementares ao regime público', promovida pela Associação Portuguesa de Seguradores, em Lisboa.

"A poupança não tem de ser toda igual. A poupança para a reforma deve ser incentivada e um benefício fiscal adequado pode ajudar, mas o grande incentivo para poupança de longo prazo e reforma é termos consciência do que podemos esperar do sistema social público", afirmou o ex-ministro das Finanças do governo PS entre 2005 e 2011, Fernando Teixeira dos Santos.

O antigo governante defendeu que "ter a consciência desse desafio é o maior incentivo para a poupança".

"Também me parece que do ponto de vista da Segurança Social, tendo sido importante a reforma feita em 2007, deveriam ter sido promovidas e de forma bem mais ativa políticas de reforço dos outros pilares da Segurança Social", considerou.

Para Teixeira dos Santos é "fundamental reforçar-se a literacia financeira", bem como "reforçar a informação sobre produtos financeiros, de forma que sejam mais transparentes e mais facilmente atendíveis e compreendidos pelo público em geral".

Políticas de remuneração a nível empresarial que promovam os sistemas complementares de reforma é outra das sugestões do economista.

Também o ex-ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social no governo PSD/CDS entre 2011 a 2015, Pedro Mota Soares, defendeu a importância de "dar informação de qualidade" e com "transparência" sobre a poupança e a reforma.

"Anualmente deveria ser emitida uma carta dirigida a cada um dos beneficiários da Segurança Social a informar: a sua carreira contributiva é esta, a sua pensão futura é esta. Uma coisa simples, sem carga ideológica, factual, que seja apenas dar informação", disse, considerando que seria uma forma de transmitir mais informação sobre o futuro.

Para o ex-ministro, "não é no fim da carreira" que se deve começar a pensar em poupar para a reforma, "tem de se começar mais cedo", pelo que acredita que esta carta seria um incentivo.

Leia Também: PCP propõe aumento de 7,5% nas pensões em 2024

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