"É um desaparecido". Ministro da Economia "é o grande vencido" do OE2024
Luís Marques Mendes destaca que há dois ministros vencedores, um vencido e quatro sob observação no que diz respeito à proposta do Orçamento do Estado apresentada para o próximo ano.
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Política Marques Mendes
Na semana em que foi apresentada a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), Luís Marques Mendes considerou que é "muito habilidosa", com "pontos positivos e negativos", mas com um grande "truque fiscal".
Neste sentido, o antigo líder do PSD enumerou, no seu espaço de comentário na SIC, os ministros que ganham mais força política - assim como os que perdem - no âmbito do OE 2024, referindo que "o critério correto [para avaliar] é quem faz, quem tem uma política, quem tem resultados".
Como primeiro 'vencedor', destaca o ministro das Finanças, Fernando Medina, pela questão da "redução da dívida, do excedente orçamental e do alívio do IRS", seguido da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho "por causa do aumento das pensões, de prestações sociais e da estabilização do desemprego".
Por sua vez, Marques Mendes declara o ministro da Economia como "o grande vencido deste Orçamento", assumindo-o como "desaparecido".
"António Costa Silva é o grande vencido, acho que é um desaparecido. Até me pergunto a mim próprio se esteve nos Conselhos de Ministros, onde se preparou e aprovou o Orçamento. Não deve ter lá estado. Não há economia neste Orçamento. Este Orçamento, como já várias pessoas disseram, tem na economia o parente pobre", declara o comentador, considerando que "falta uma estratégia de criação de riqueza".
Por outro lado, há quatro ministros 'sob observação'. São eles, Manuel Pizarro, João Costa, Mariana Vieira da Silva e Marina Gonçalves.
No que diz respeito ao ministro da Saúde, Marques Mendes refere que "tem muito mais dinheiro, um aumento de 72% nas suas transferências, mas não há resultados no Serviço Nacional de Saúde, nem nas listas de espera, nem nos utentes sem médico de família".
"Esperemos agora, que com ainda melhores condições, possa apresentar melhores resultados nos próximos anos, está sob escrutínio", afirmou.
Na mesma linha, o ministro da tutela da Educação, João Costa, "tem mais dinheiro", mas "vamos ter melhor educação? Os professores colocados a tempo? Vamos subir nos rankings internacionais?", questiona o comentador.
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, "é a responsável pelos fundos" e há "muito dinheiro em matéria de investimento público neste Orçamento".
"Finalmente vai ser o ano de investimento público? É sempre no papel, promete-se muito e faz-se pouco", salienta.
Por fim, a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, também "terá melhores condições do ponto de vista financeiro", mas "é preciso ver se constrói casas", atenta o social-democrata.
A proposta de Orçamento do Estado para 2024 vai ser discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro. A votação final global está marcada para 29 de novembro.
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