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Declaração de Costa "foi um desastre" numa semana de "terramoto político"

Luís Marques Mendes disse que os investimentos do Governo "foram um pretexto" para António Costa falar, "porque o real objetivo foi tentar condicionar a justiça".

Declaração de Costa "foi um desastre" numa semana de "terramoto político"
Notícias ao Minuto

22:48 - 12/11/23 por Joana Duarte

Política Marques Mendes

No seu espaço de comentário na SIC Notícias, Luís Marques Mendes comentou, este domingo, as declaração feitas esta semana pelo primeiro-ministro demissionário, António Costa, ao país. "Estamos a falar de uma semana especial, em que aconteceu um terramoto político", disse, relembrando as "suspeitas de corrupção envolvendo o Governo, depois a demissão do primeiro-ministro, a dissolução do Governo e a convocação de eleições". 

Para Marques Mendes, na terça-feira - dia em que se demitiu -, António Costa "tomou uma decisão certa e fez uma declaração correta", embora admita que o primeiro-ministro "não tinha alternativa que não fosse demitir-se". Ainda assim, o comentador realçou que Costa agiu "com dignidade e elevação"

No entanto, na ótica de Marques Mendes o primeiro-ministro "estragou tudo" na declaração feita no sábado aos portugueses. "Foi um desastre", disse o comentador da SIC Notícias, que afirmou até que o discurso "foi constrangedor e politicamente falando até patético".

Para o comentador, António Costa "não deu uma explicação" sobre a existência de "promiscuidades políticas envolvendo membros do Governo ou chefes de gabinete do primeiro-ministro". 

Luís Marques Mendes advogou também que os investimentos do Governo "foram um pretexto" para António Costa falar, "porque o real objetivo foi tentar condicionar a justiça". Na sua opinião, "o primeiro-ministro teve um comportamento inaceitável", o que prova que António Costa "está mesmo em desespero com este processo judicial" e que "lança mão de tudo para se defender". 

Costa usou Vítor Escária e Lacerda Machado 'enquanto lhe deu jeito'

"Queria falar antes do juiz de instrução decidir as medidas"

Sobre o facto de o governante ter decidido falar ao país num sábado à noite, Marques Mendes dissertou que "o primeiro-ministro queria falar antes do juiz de instrução decidir as medidas de coação" a aplicar aos arguidos Vítor Escária e Diogo Lacerda Machado. 

"O primeiro-ministro está preocupado que eventuais prisões preventivas possam comprometê-lo politicamente ainda mais. Portanto, achou por bem antes desta decisão das medidas de coação descartar um colaborador e um amigo", afirmou.

O comentador referiu ainda que o primeiro-ministro usou Vítor Escária e Lacerda Machado "enquanto lhe deu jeito". Luís Marques Mendes considerou ainda que António Costa "nunca deveria ter nomeado" Vítor Escária como seu chefe de gabinete, devido ao passado conhecido do agora arguido. 

Dá a impressão que João Galamba tem o primeiro-ministro na mão

Comportamento de João Galamba "é uma vergonha"

Ainda no seu espaço de comentário, este domingo, Marques Mendes considerou que o comportamento de João Galamba "é uma vergonha" e que este nunca deveria ter sido ministro.

Galamba recusou demitir-se depois de ser conhecida a Operação Influencer e Marques Mendes considerou que a atitude do ministro das Infraestruturas "é uma provocação ao primeiro-ministro". "Dá a impressão que João Galamba tem o primeiro-ministro na mão", referiu o comentador. 

Centeno? Usa BdP "como apeadeiro político das suas ambições"

Relativamente à proposta do nome de Mário Centeno para suceder a António Costa, Luís Marques Mendes considerou que o governador do Banco de Portugal (BdP) "teve uma atuação muito estranha e muito pouco edificante".

"Acho que Mário Centeno tem um comportamento muito incorreto que é usar o Banco de Portugal como apeadeiro político das suas ambições", classificou Marques Mendes.

O antigo dirigente do PSD disse ainda que a Comissão de Ética do BdP deveria "pedir uma avaliação" do comportamento de Mário Centeno à Comissão de Ética do Banco Central Europeu.

Luís Marques disse ainda que a marcação de eleições antecipadas para março "foi a melhor opção".  

Leia Também: AO MINUTO: As medidas pedidas pelo MP; "Não se tratava de António Costa"

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