Nuno Melo acusa PS de só querer "falar e governar para a Esquerda"
O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, acusou hoje o PS e Pedro Nuno Santos de apenas querer "falar para a esquerda e governar para a Esquerda", e de pedir votos "dividindo os portugueses".
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Política CDS
Num comício em Macedo de Cavaleiros (distrito de Bragança), Nuno Melo quis responder ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que disse ter ouvido na rádio a caminho da última iniciativa de campanha da AD.
"Disse duas coisas que me impressionaram muito. A primeira é que a esquerda tem de concentrar o votos todos no PS: essa é toda uma enorme diferença entre o PS e AD, eles fazem campanha como governam, eles falam para a esquerda, eles governam para a esquerda, eles pedem votos dividindo os portugueses e a sociedade", afirmou.
Por contraponto, defendeu, o líder do PSD e da AD, Luís Montenegro, "não fala para PSD e CDS-PP ou para a direita".
Nuno Melo disse ainda ter ouvido o secretário-geral do PS a dizer que "a AD quer trabalhar para quem não precisa", questionando se os jovens, as pessoas que procuram uma urgência perto de casa ou quem vive "tendas nas praças e jardins" são "pessoas que não precisam".
Dando como exemplo os agricultores, Nuno Melo defendeu que a AD está a falar "para quem o PS abandonou", porque "Portugal precisa mesmo dos agricultores que põem a comida na mesa"
"A diferença é que nós não estamos a falar para PSD, CDS-PP e PPM como o PS só quer falar para o PS, BE e CDU apensar numa geringonça mais radicalizada", afirmou, dizendo não duvidar que se Pedro Nuno Santos vencesse as eleições do próximo domingo levaria estes partidos para o Governo.
"E com Mariana Mortágua como ministra das Finanças, isso ninguém merece", acrescentou
Num discurso curto, de menos de dez minutos - "chegamos a um ponto em que já é difícil nós próprios ouvirmo-nos a nós próprios" --, o líder do CDS-PP voltou às críticas à intervenção do primeiro-ministro, António Costa, na campanha do PS, no sábado, a quem acusou de usar a sua fase de gestão "para fazer abundantemente campanha eleitoral".
Antes, o cabeça de lista da AD, Hernâni Dias, que suspendeu o mandato como presidente da Câmara de Bragança, defendeu que o país precisa de uma pessoa como Luís Montenegro, que considerou "uma pessoa séria, uma pessoa sensível, uma pessoa dedicada e visionária", e apelou à sua costela transmontana para olhar para a região "como ninguém olhou".
"Luís Montenegro, ambicionamos uma diferenciação muito grande para o interior, em que o projeto transformador da AD tem obrigatoriamente de contar com todos os espaços do território a nível nacional. Não podemos continuar a ser esquecidos", apelou, comparando Trás-os-Montes a "um filho que precisa de mais atenção".
Neste comício, num auditório com cerca de 300 lugares, hoje sem convidados especiais a discursar, marcou presença o ainda vice-presidente da Assembleia da República indicado pelo PSD, o deputado Adão Silva, que se irá reformar e não integra a lista de deputados às legislativas antecipadas de 10 de março.
No círculo eleitoral de Bragança, que elege três deputados, o PSD perdeu o segundo para o PS em 2022 por meia dúzia de votos.
[Notícia atualizada às 21h01]
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