Passos Coelho? "Saberá avaliar aquilo que é importante para o país"
O recém-eleito presidente da Assembleia da República afirmou que o antigo primeiro-ministro "prestou serviços inestimáveis ao país num momento particularmente difícil".
© Leonardo Negrão
Política Aguiar-Branco
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou, esta terça-feira, que o ex-líder do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho, "prestou serviços inestimáveis ao país num momento particularmente difícil" enquanto primeiro-ministro e garantiu que "saberá também avaliar aquilo que é importante para o país".
"Tenho a maior das considerações pelo que foi o seu mandato como primeiro-ministro. Acho que prestou serviços inestimáveis ao país num momento particularmente difícil e tenho orgulho em ter feito parte desse governo", destacou em declarações aos jornalistas, após ter sido questionado sobre as acusações de que Pedro Passos Coelho se tem "colado às bandeiras" do partido de extrema-direita Chega.
Aguiar-Branco frisou que conhece o ex-líder dos sociais-democratas "há muitos anos" e, por isso, "confia" que "saberá também avaliar aquilo que é importante para o país".
O responsável rejeitou ainda a ideia de que Portugal atravessa "o momento mais complicado da sua Democracia". "Conheço a nossa Democracia desde que ela nasceu, desde 1974. Posso garantir-lhes que houve momentos, ao longo destes 50 anos, bem mais complicados do que aqueles que estamos a viver e outros tiveram a competência de os ultrapassar. Nós temos de ter essa competência, temos de ter essa calma e, sobretudo, devemos ser um gerador de consensos", explicou.
Sublinhe-se que Passos Coelho apresentou, na segunda-feira, o livro ‘Identidade e Família’, no qual pretende alertar para a "destruição da família" tradicional e a "ideologia de género". Na apresentação da obra, esteve o líder do Chega, André Ventura, que no final fez questão de cumprimentar Passos Coelho e de o elogiar. "Foi brilhante, como sempre", garantiu.
Aos jornalistas, Ventura considerou que a intervenção de Passos Coelho tocou mais "em bandeiras do Chega, como a ideologia de género, a família ou a imigração", considerando, por isso, que "há um caminho de convergência".
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