"Ventura fez discurso anti-25 de Abril. CDS não foi tão diferente assim"
Na opinião de Alexandra Leitão, a enorme adesão ao desfile do 25 de Abril, registada este ano, deve-se às celebrações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, mas também ao "crescimento das forças de extrema direita".
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Política Alexandra Leitão
Alexandra Leitão defendeu, na noite de domingo, na CNN Portugal, que a grande adesão dos portugueses ao desfile deste ano do 25 de Abril deve-se não só ao facto de se ter comemorado 50 anos da Revolução dos Cravos, mas também por "termos hoje uma força política que naturalmente não tem esse mesmo entusiasmo pela liberdade que outras forças políticas".
A líder parlamentar do PS começou por realçar que foi o desfile do 25 de Abril que viu "mais gente, mais gente diversificada, mais gente engajada e mais gente espontaneamente fora das organizações que têm a ordem no desfile", o que, na sua opinião, "valoriza o 25 de Abril".
Apesar de considerar que "qualquer pessoa de Direita pode ter o mesmo entusiasmo pela liberdade" como as pessoas de Esquerda, "não quer dizer que todas tenham", recordando, o discurso do líder do Chega e do CDS na Assembleia da República (AR) no âmbito das comemorações do 25 de Abril, na passada quinta-feira.
"Aquilo que ouvimos, por exemplo, no discurso de André Ventura, nas comemorações oficiais na AR, foi um discurso anti-regime, um discurso anti-25 de Abril, anti-regime saído do 25 de Abril e, infelizmente, lamento dizer que, do CDS, com um estilo mais elevado, não foi tão diferente assim. Foi diferente no estilo, não foi assim tão diferente no conteúdo", atirou.
Para Alexandra Leitão é claro que "hoje temos uma força política que naturalmente não tem esse mesmo entusiasmo pela liberdade que outras forças políticas de Direita têm e que tem até o simbólico número de 50 deputados na AR". "Obviamente, não tenho nenhuma dúvida que isso trouxe muitos milhares de pessoas para a rua e sim, essencialmente, pessoas de Esquerda, mas acredito que não só", salientou.
A antiga ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, está assim convicta que "a manifestação teve esta estrondosa espontaneidade pelos 50 anos de Abril mas, sobretudo, [pelo povo] sentir que há um crescimento das forças de extrema direita, direita radical, anti-regime saído do 25 de Abril, anti-democracia e anti-liberdade".
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