PS acusa o Governo de pôr "em causa o prestígio de Portugal"
A líder parlamentar do Partido Socialista (PS), Alexandra Leitão, salientou que o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, "vai mudando quanto à dimensão daquilo que ele diz ser um défice, um problema das contas públicas".
© Reinaldo Rodrigues
Política Alexandra Leitão
A líder parlamentar do Partido Socialista (PS), Alexandra Leitão, acusou, esta quarta-feira, o Governo de pôr "em causa o prestígio de Portugal". A socialista referia-se às declarações do ministro das Finanças, Miranda Sarmento, que "vai mudando quanto à dimensão daquilo que diz ser um défice, um problema das contas públicas". "Não fundamenta, não explica e muito do que ele diz já foi desmontado", defendeu.
"Isto põe em causa o prestígio de Portugal. Algo que foi obtido por Portugal e pelos portugueses ao nível da credibilidade internacional das contas públicas portugueses. Isso é muito grave, descredibiliza o país", disse Alexandra Leitão em declarações aos jornalistas na Assembleia da República (AR).
Para a deputada, Miranda Sarmento deveria explicar que "despesas deixaria ele de fazer". "Deixaria de comprar vacinas? Deixaria de apoiar a Ucrânia? Deixaria de apoiar os agricultores?", deu Alexandra Leitão como exemplo.
"Não se pode brincar com o prestígio do país", salientou Alexandra Leitão.
A líder parlamentar referiu ainda que o PS vai entrar com um pedido para ouvir o "senhor ministro das Finanças". "Estamos a usar, naturalmente, os instrumentos parlamentares que temos ao nosso dispor para, naturalmente, em sede própria o Governo venha esclarecer quais são os factos em que se fundamenta para tomar um conjunto de decisões, seja ao nível das exonerações seja ao nível das contas públicas que, a nosso ver, não tem qualquer fundamentação", disse Alexandra Leitão.
Sobre as exonerações feiras pelo Governo, Leitão disse que são "apresentadas declarações sem fundamento, sem factos que as corroboram". "O primeiro-ministro vem dizer que quando um novo Governo entra tem direito de mudar as pessoas para traduzir as suas próprias políticas, não sei em que ficamos", destacou.
Alexandra Leitão deixou ainda a dúvida se os despedimentos têm sido feitos "para ter novas orientações políticas", ou porque "há aqui coisas graves", como têm dito outros membros do Governo.
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