CDS diz que decisão de indigitar Albuquerque foi "correta"
O presidente do CDS-PP na Madeira, José Manuel Rodrigues, considerou hoje correta a decisão do representante da República para a região autónoma, Ireneu Barreto, de indigitar o líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, como presidente do Governo Regional.
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Política Madeira
"É uma decisão correta em função dos resultados eleitorais, da correlação de forças no parlamento da Madeira e do acordo parlamentar a que chegaram o PSD e o CDS", afirmou José Manuel Rodrigues, numa curta declaração escrita enviada à agência Lusa.
No âmbito das eleições regionais de domingo, o representante da República para a Região Autónoma da Madeira ouviu hoje os sete partidos com representação parlamentar, por ordem crescente de votação: PAN (um deputado), IL (um), CDS-PP (dois), Chega (quatro), JPP (nove), PS (11) e PSD (19).
Após essas audiências, Ireneu Barreto anunciou que vai indigitar Miguel Albuquerque (PSD) como presidente do Governo Regional, considerando que a solução conjunta de PS e JPP "não tem qualquer hipótese de ter sucesso".
O líder do PSD/Madeira vai ser indigitado na quarta-feira, às 12:00, no Palácio de São Lourenço, a residência oficial do representante da República, no Funchal.
Ireneu explicou que a escolha se deve ao facto de considerar que "a solução apresentada pelo partido mais votado, o PSD, que tem um acordo de incidência parlamentar com o CDS, e a não hostilização, em princípio, do Chega, do PAN e da IL terá todas as condições de ver o seu programa aprovado na Assembleia Legislativa".
Nas eleições de domingo, o PSD conseguiu 19 deputados, falhando por cinco mandatos a maioria absoluta, que exige 24 eleitos, uma vez que o parlamento regional é constituído por 47 assentos.
Após a audição com Ireneu Barreto, o líder do PSD/Madeira adiantou que uma das condições do acordo com o CDS-PP é que José Manuel Rodrigues será o candidato à presidência da assembleia legislativa madeirense.
Nas eleições de domingo, o PSD de Miguel Albuquerque (presidente do executivo madeirense desde 2015) voltou a vencer as legislativas regionais e elegeu 19 deputados, afirmando-se disponível para assegurar um "governo de estabilidade", mas o PS considerou haver margem para construir uma alternativa.
Na segunda-feira, o PS e o JPP anunciaram "uma solução de governo conjunta" no arquipélago, a apresentar ao representante da República na Madeira, apelando à participação dos restantes partidos, à exceção do PSD e do Chega, "de modo a construir um apoio parlamentar mais robusto".
Hoje de manhã, antes de serem recebidos pelo representante da República para a Madeira, os líderes regionais do PSD, Miguel Albuquerque, e do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, estiveram reunidos na Quinta Vigia, no Funchal, tendo estabelecido um acordo de apoio parlamentar.
As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as anteriores legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
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