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Raimundo diz que projeto da CDU em Lisboa não quer ser "diluído noutros"

 O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, distinguiu hoje o projeto autárquico da Coligação Democrática Unitária (CDU), nomeadamente para a Câmara Municipal de Lisboa, considerando que "diluído noutros, passaria a ser igual aos outros".

Raimundo diz que projeto da CDU em Lisboa não quer ser "diluído noutros"
Notícias ao Minuto

22:33 - 22/09/24 por Lusa

Política Autárquicas

"Olhemos para este tempo com confiança, com audácia, com iniciativa, com alegria e com a certeza que é incomparável a nossa ação, a nossa intervenção e o nosso projeto, o projeto autárquico da CDU. Um projeto ao serviço do povo, um projeto que, diluído noutros, passaria a ser igual aos outros. E nós não queremos ser iguais aos outros e o povo de Lisboa não precisa que nós sejamos iguais aos outros", defendeu Paulo Raimundo.

 

O dirigente comunista falava num comício da Coligação Democrática Unitária (CDU) -- que junta PCP e Partido Ecologista "Os Verdes" - na capital do país, intitulado "Lisboa pelo direito à cidade", logo após a intervenção do candidato pela coligação à autarquia lisboeta, João Ferreira.

Paulo Raimundo já tinha rejeitado coligações pré-eleitorais com o PS para as autárquicas de 2025, depois de em junho o Livre ter convocado PS, BE, PCP e PAN para debater os desafios políticos próximos à esquerda, nomeadamente as autárquicas de 2025.

"Quando outras forças procuram eventuais candidatos, aqui estamos nós, com o candidato mais preparado e o melhor presidente que a população de Lisboa poderia e pode ter", defendeu Paulo Raimundo, perante os militantes comunistas presentes no comício na Ribeira das Naus.

O secretário-geral do PCP considerou que a CDU "é vanguarda" na defesa do poder local democrático, com "provas dadas como nenhuma outra força" política, afirmando que "é esta a convergência, é esta a frente, é esta a esquerda que importa reforçar".

Afirmando que "Lisboa precisa de mais CDU", Paulo Raimundo defendeu que "isto não vai lá com proclamações e processos de intenção, isto não vai lá com apaixonadas alternâncias de estilo aparentemente diferentes, mas infelizmente com práticas demasiado semelhantes", algo que se aplica às autarquias, mas também ao poder central.

O comunista defendeu que "são vários, profundos e graves os problemas" da "responsabilidade de sucessivos governos de PS, PSD e CDS, com Chega e IL a procurarem em cada momento levar mais longe a política de direita", que se sentem com "particular intensidade" na capital do país.

Raimundo acusou o atual executivo de aprofundar estes problemas "interessado em servir, não o povo, não os trabalhadores, não quem cria a riqueza, não os jovens, não quem trabalhou uma vida inteira, não os migrantes, mas sim os grupos económicos".

"O novo aeroporto continua a marcar passo, optando-se pela extensão de um aeroporto esgotado e a precisar de ser substituído com urgência, e que tem de sair da cidade de uma vez por todas", alertou.

Já sobre a crise da habitação, João Ferreira já tinha referido que em Lisboa "há 48 mil casas que estão vazias, sem incluir as casas de segunda habitação", e Paulo Raimundo seguiu a mesma linha de argumentação, afirmando que "o problema não é faltarem casas, é faltarem casas que as pessoas possam pagar".

Leia Também: Autárquicas. João Ferreira é novamente o candidato da CDU a Lisboa

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