"É possível que os impostos desçam, e que desçam para todos", defende IL
Rui Rocha apresentou algumas das propostas do partido para o OE 2025.
© Amin Chaar / Global Imagens
Política Rui Rocha
Rui Rocha apresentou esta manhã algumas das propostas que irá apresentar para o Orçamento do Estado de 2025, referindo que a redução do ISP é um deles e desafiando Pedro Nuno Santos a apoiar a Iniciativa Liberal nesta medida.
"Não pondo em causa a necessidade de transição energética, vivemos num país com poucas e más soluções de transporte. Quando continuamos a ter uma percentagem alta do custo dos combustíveis no imposto temos que ser sensíveis ao facto de a vida estar cara", afirmou o líder da Iniciativa Liberal, que propõe uma redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) equivalente aos recentes aumentos da taxa de carbono.
Seguiu-se um desafio ao secretário-geral do PS para que apoie o partido, ao contrário do que tem sido feito.
"Aqui há uns dias, Pedro Nuno Santos estava muito preocupado com os combustíveis. Se está, tem mesmo boa solução: no orçamento vota a favor da proposta da Iniciativa Liberal, ao contrário do que o PS tem feito em orçamentos anteriores", atirou.
Em seguida, e referindo-se à proposta do IRS Jovem, Rui Rocha defendeu que "é possível que os impostos desçam, e que desçam para todos", motivo pelo qual vai voltar a apresentar uma proposta de IRS baseada em duas taxas, uma de 15% e outra de 28%, criticando a medida do governo, que segundo o próprio, está a tributar pela idade, em vez de pelos rendimentos.
Neste primeiro conjunto de propostas da IL, consta também um conjunto de alterações a aplicar aos trabalhadores independentes, através da redução das retenções em sede de IRS, do fim da obrigatoriedade do pagamento por conta e da aplicação de um aumento para 25 mil euros no que respeita ao valor de rendimentos passíveis da isenção do pagamento de IVA.
Depois, numa crítica dirigida a partidos como o Chega, mas sobretudo ao PSD e PS, Rui Rocha disse que os liberais não querem participar na atual "novela orçamental", caracterizada por um "teatro" em torno de hipotéticos avanços e recuos -- "um espetáculo lamentável" que considerou "não responder aos anseios dos portugueses".
"Nem o próprio Governo tem uma ideia final sobre a sua proposta de Orçamento do Estado", alegou, numa alusão ao documento que o executivo PSD/CDS-PP terá de entregar no parlamento até 10 de outubro.
Rui Rocha esteve reunido, esta segunda-feira, com o primeiro-ministro no "âmbito da situação política e das negociações do Orçamento do Estado".
O liberal avisou, no entanto, que as "reuniões com o Governo não significam voto favorável" da Iniciativa Liberal no Orçamento do Estado e que as decisões do Governo em relação a "medidas estruturais" vão condicionar o voto do seu partido.
[Notícia atualizada às 11h53]
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