"Vergonha". Chega protesta fim de corte de salários dos políticos na AR
O partido populista de direita radical colocou várias faixas nas janelas do Parlamento.
Notícias ao Minuto com Lusa | 09:04 - 29/11/2024© Getty
Política André Ventura
O líder do Chega, André Ventura, defendeu, esta sexta-feira, que o seu partido colocou vários pendões na fachada do edifício da Assembleia da República (AR) contra o fim do corte nos vencimentos dos políticos com o objetivo de alertar "forma clara para o que se está a passar e se vai passar hoje no Parlamento", quando os partidos se preparam para aprovar o Orçamento do Estado para 2025.
"Fizemo-lo porque entendemos que o país deve ser alertado de forma clara para o que se está a passar e se vai passar hoje no Parlamento. Fizemo-lo porque entendemos que, sobretudo os dois maiores partidos, levaram a cabo um conjunto de manobras para desviar as atenções", disse.
Ventura acusou o Partido Socialista e o Partido Social Democrata (PSD) de "procurarem deliberadamente esconder" a reposição dos salários dos políticos e, por isso, decidiu avançar com a ação na Assembleia da República "para mostrar aos portugueses que há quem não aceite este aumento do salário de políticos nesta fase".
"Nós entendemos que temos o direito de mostrar - ao país e ao Parlamento - a nossa indignação. Esta votação terminará ao final da manhã e, quando estiver encerrada, estes cartazes serão retirados", afirmou.
O líder da extrema-direita acredita que, se não fosse o protesto do Chega, os portugueses "não saberiam" da reposição do salário. "Os políticos estão a tratar de si próprios, antes de tratarem do país", atirou, frisando que os pendões na fachada da AR "são a única forma de o país saber que está a ser roubado".
As faixas foram colocadas nas fachadas principal e lateral do edifício da Assembleia da República e também no chamado edifício novo do parlamento, estando penduradas em várias janelas, com a inscrição "OE2025 aumenta salários dos políticos. Vergonha".
Além desta inscrição, existem também pendões em tom de vermelho com montagens de fotografias do primeiro-ministro, Luís Montenegro, do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e do líder do CDS-PP, Nuno Melo, como se estivessem a mostrar dinheiro em frente à cara.
[Notícia atualizada às 11h12]
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