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Ventura diz que Orçamento "é mau" e que primeiro-ministro "não serve"

O presidente do Chega considerou hoje que o Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2025) "é mau" e representa "a continuidade do PS" e concluiu que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "não serve" ao país.

Ventura diz que Orçamento "é mau" e que primeiro-ministro "não serve"
Notícias ao Minuto

29/11/24 13:09 ‧ Há 3 Horas por Lusa

Política Orçamento do Estado

"Este é um mau Orçamento do Estado, que quer dar com uma e vai tirar com várias. Pretende fingir que vai baixar impostos mas vai manter a carga fiscal precisamente no mesmo ponto em que o PS a deixou. É um orçamento que vai ser a continuidade do PS", afirmou.

 

André Ventura intervinha no encerramento da discussão do OE2025, na Assembleia da República. O Chega já tinha anunciado o voto contra na votação final global.

O líder do Chega considerou que o PS - que vai abster-se, permitindo a viabilização do documento - é uma "muleta deste Governo".

"Já tínhamos o CDS muleta do Governo, agora temos o CDS e o PS a ser muletas deste Governo", acusou.

Reiterando que "este é o primeiro orçamento do bloco central em muitas décadas", o líder do Chega afirmou que "ao menos teve o mérito de deixar claro que PS e PSD estão agora juntos na governação do país, escolhem e definem os temas que os devem mobilizar e até definem a estrutura do orçamento".

Ventura considerou também que "o país merece mais e melhor".

"Tínhamos a firmeza e temos hoje a certeza de que o primeiro-ministro que temos em Portugal não serve. Merecemos mais, merecemos melhor, queremos mais, queremos melhor, e temos a coragem para melhorar", defendeu.

"O senhor primeiro-ministro pensava e ansiava por eleições. Estava na esperava de que o parlamento vorazmente dissesse não pode continuar, era mesmo a esperança de reforçar uma maioria que não existia e poder ir a eleições mesmo que pais não tivesse esse interesse", argumentou, acusando o Governo de ter feito anúncios esperando que o OE2025 fosse chumbado "para que pudesse não as cumprir".

"A ânsia de ter algo para anunciar, o medo de eleição a qualquer curva da estrada está sempre a orientar a trajetória de um Governo que tem medo da própria sombra", acusou, considerando que "este não é um Governo de reformas, não é sequer um Governo de anúncios, é mesmo um Governo de anúncios falhados a cada dia, a cada hora e a cada Orçamento do Estado".

No que toca ao OE2025, André Ventura referiu-se à descida do IRC e considerou que o Governo "voltou atrás" e a redução será de um ponto percentual e não de dois porque estava a negociar "atrás da cortina" com o PS e que essa "era a barreira" imposta pelos socialistas.

O presidente do Chega indicou que o partido continuará a lutar para que as pensões continuem a ser aumentadas e considerou que se perdeu uma oportunidade de descer os impostos sobre os combustíveis. E defendeu que o contexto "de carga fiscal gigantesca e insuportável, de burocracia que esmaga e não permite a ninguém ter vida, de os jovens terem de sair" do país foi criado por PS com o apoio de BE, PCP e PAN, numa referência aos tempos da 'geringonça'.

O deputado considerou ainda que o OE2025 "não se preocupa com o combate à corrupção", "nem com os jovens e as comunidades lá fora", e afirmou que "não há um setor, provavelmente, que olhe para este governo e não veja um rótulo da traição, da cedência ao PS".

André Ventura referiu-se ainda à declaração do primeiro-ministro na quarta-feira, sobre segurança, e defendeu que "a insegurança que se verificou à volta da capital nos últimos meses não é um problema de agora nem é um problema para lidar com falinhas mansas".

[Notícia atualizada às 13h40]

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