PS diz com aprovação do orçamento "acabaram-se as desculpas" do Governo
A líder parlamentar do PS considerou hoje que, com a aprovação do "mau orçamento de um mau Governo", acabaram-se "desculpas, manobras de diversão e vitimização", responsabilizando o executivo do PSD/CDS-PP pelas opções feitas.
© Gerardo Santos / Global Imagens
Política OE2025
"Apesar de este ser um mau Orçamento do Estado de um mau Governo, o PS privilegiou a estabilidade e fê-lo com sentido de estado e responsabilidade, honrando o seu compromisso com os portugueses", disse Alexandra Leitão no debate de encerramento do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
Com a aprovação do orçamento, que será possível graças à abstenção do PS, "acabou a dramatização a que o Governo votou todo este processo", defendeu Alexandra Leitão.
"Acabaram-se as desculpas, as manobras de diversão e a vitimização. O orçamento é do Governo. As opções são do Governo. A responsabilidade é do Governo", considerou.
O PS, de acordo com a líder parlamentar do PS, "continuará a fiscalizar a atuação do Governo" e a apresentar propostas para resolver os problemas das pessoas.
"A ser a alternativa em que os portugueses podem confiar: construtiva e responsável, mas também rigorosa, atenta, firme e assertiva", comprometeu-se.
Para Alexandra Leitão, é um orçamento que deixa os socialistas "entre a dúvida da incompetência e a certeza da opacidade".
Entre os exemplos apontados, está a divergência nos números do crescimento económico e emprego, o orçamento inicial para o SNS "com um erro de várias centenas de milhões de euros", as verbas para o desporto ou o valor para a atualização as pensões "com base numa fórmula mal calculada".
"E quando o Ministro da Educação apresenta números errados pretendendo cumprir metas que afinal não cumpriu, é incompetência ou opacidade? Este erro já foi assumido pelo Ministro da Educação, ou melhor, foi empurrado para os serviços como sempre fazem os membros deste Governo", criticou.
Reiterando que este "não é e nunca será o orçamento do PS", a líder parlamentar do PS referiu que os socialistas tentaram "aprovar um conjunto muito restrito de propostas".
"Logo no início deste processo livramos o país de um IRS Jovem injusto, ineficaz, desproporcionado e provavelmente inconstitucional", lembrou.
Alexandra Leitão evidenciou ainda a vitória do PS com a aprovação de "um aumento estrutural e permanente de 1,25 pontos percentuais para as pensões até 1.500 euros".
"Graças ao PS, os pensionistas vão poder contar com um aumento extraordinário justo e estável, em vez de um bónus incerto e pontual, gerido de acordo com o calendário eleitoral", enfatizou, considerando que "é uma proposta justa e responsável, cuja sustentabilidade já foi validada pela UTAO".
A líder parlamentar do PS aproveitou ainda para criticar a declaração do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre segurança, uma intervenção "inusitada de caráter securitário" que transformou "um anúncio sobre segurança pública numa manobra de propaganda pessoal".
"Depois dos tumultos a que assistimos, impunha-se uma reflexão séria e ponderada. Impunha-se que o orçamento tivesse respostas de proximidade para as comunidades que vivem nas grandes periferias urbanas. Nada!", condenou.
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