"Portugal anda sempre em eleições. E o pior é que elas começam muito antes da campanha eleitoral e prolongam-se por muito tempo, com sinais nas ruas por todo o lado.
Reparem que tivemos eleições legislativas no espaço de um ano ( 2024 e 2025). Agora vamos ter eleições autárquicas que estão sobrepostas pelas eleições presidenciais.
Os cartazes com a poluição visual são brutais e indesejáveis. Fere a vista, incomoda, tapa sinais e diminui a visibilidade de quem conduz, entre outros.
Há cartazes em que o candidato parece mais um produto de beleza para venda: rostos retocados e mais novos. Outros cartazes vão buscar inspiração à Remax.
Fazemos campanha, sem ter a noção que o mundo mudou e para chegar às pessoas há outras formas, se calhar, mais baratas e eficazes.
Não se pode restringir o direito à propaganda política e eleitoral, mas poder-se-ia regulamentar e criar espaços e regras próprias para o fazer.
Reconheço que os outdoors é a forma mais eficaz de passar a mensagem, mas perante o enxame de outdoors precisa-se de normas e ordem.
A propaganda depois das eleições deveria ter um prazo para ser retirada – prazo de 20 dias chegava perfeitamente. Passadas as eleições esgotou-se a utilidade da mensagem que se pretendia passar.
Fora do período eleitoral não deveria ser possível mensagens de cariz político e eleitoral. Há outras formas como redes sociais, etc.
O ministro que tutela as autarquias deveria com os autarcas chegar a um consenso e aplicar normas para todo o território nacional e ilhas.
Sou a favor de um limite de propaganda quer antes das eleições, quer depois das eleições.
Está na hora que a política seja mais transparente, mais próxima e mais pedagógica. Reunir para ouvir as pessoas, em vez de discursos cansativos, investir em debates públicos, literacia política e explicar as medidas dos programas.
A poluição visual no espaço público cria desconforto e repulsa, com tantos cartazes, anúncios, banners, placas, outdoors de cariz político."
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