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"Passos atirou gasolina para a fogueira" e PS "envergonhou-me"

Em entrevista ao SOL, a candidata do Livre/Tempo de Avançar a deputada pelo círculo de Lisboa falou sobre o referendo grego que acontece no próximo domingo. Em termos nacionais, teceu duras críticas a António Costa.

"Passos atirou gasolina para a fogueira" e PS "envergonhou-me"
Notícias ao Minuto

12:54 - 03/07/15 por Notícias Ao Minuto

Política Ana Drago

“O Syriza demonstrou uma maturidade assinalável. O que o Syriza fez foi defender a Grécia e os gregos, a vida das pessoas”, começa por afirmar Ana Drago.

Quando questionada sobre os efeitos que a crise na Grécia poderá ter na Europa, Ana Drago refere que “vai haver consequências não só para os partidos mas também para toda a Europa. Esta situação na Grécia agravou a sensação de desconfiança, de mal-estar e de incapacidade das instituições para resolver o problema”.

E Portugal também será afetado? “É uma irresponsabilidade total dizer que estamos preparados para uma situação de turbulência nos mercados. Não estamos”, garante a dirigente do do Livre/Tempo de Avançar.

"Passos Coelho colocou-se como um dos mais inflexíveis negociadores da Grécia. Atirou gasolina para cima da fogueira. Mas devo dizer que as declarações do PS sobre o Syriza me envergonham", frisa.

Mas as críticas surgem quando se fala de dirigentes portugueses. Ana Drago não proferiu palavras simpáticas em relação ao secretário-geral do PS. “Compreendo que António Costa não tenha afinidades políticas com o Syriza. Mas se quer alterar a governação, tem de estar disponível para o confronto. Não pode, à beira das eleições, dizer que abandona as suas reivindicações perante a chantagem das instituições”, indica.

Para a dirigente do Livre/Tempo de Avançar, “é preciso perguntar ao PS como é que estabelece cenários macroeconómicos para o futuro que assentam em valores de crescimento económico. Os próximos tempos devem levar o PS a perceber que a reestruturação da dívida é um mecanismo de resolução definitiva da crise das dívidas e da possibilidade de defender em Portugal um modelo de sociedade solidária e justa”, explica.

“O PS não é claro até nas alianças que quer fazer. António Costa acha que, se não estabelecer compromissos muito claros, conseguirá agradar a gregos e a troianos. Eu acho que é o contrário. Neste momento, ninguém se sente confortável e confiante com as propostas do PS”, termina.

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