Adiar reunião da TAP e Conselho Metropolitano é uma "desconsideração"
Dirigentes do PSD/Porto consideraram hoje que o adiamento da reunião que esteve prevista para segunda-feira entre a comissão executiva da TAP e o Conselho Metropolitano do Porto (CmP) é "preocupante" e "um sinal da desconsideração para com a região".
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Política PSD
A reunião foi anunciada na quinta-feira, tendo por objetivo abordar a suspensão de quatro voos da companhia aérea nacional de e para o Porto, depois de o CmP ter decidido, em janeiro, chamar a administração da TAP para "explicar o que se está a passar".
Em conferência de imprensa, os dirigentes da Distrital, Virgílio Macedo, da Concelhia, Miguel Seabra, e o vereador social-democrata da Câmara do Porto Ricardo Almeida, anunciaram que irão promover, junto de todas os municípios do distrito do Porto, a aprovação de uma proposta de recomendação que una o distrito em torno desta problemática, independente da cor política desse concelho.
Para os dirigentes do PSD/Porto, com esta "drenagem" de passageiros do aeroporto do Porto para Lisboa parece evidente a intenção final: "fazer crescer de forma artificial o número de passageiros na Portela, para justificar a construção de um segundo aeroporto em Lisboa e de uma terceira travessia sobre o Tejo, e a reboque construir, de igual forma, um novo porto de águas profundas no Barreiro".
Virgílio Macedo lamentou a "falta de transparência" com que o Governo está a efetuar a recompra de 11% da TAP, considerando que a "ocultação dos seus contornos" demonstra a "má consciência" do Executivo neste "obscuro processo".
Os dirigentes do PSD/Porto exigem, por isso, a divulgação de todos os contratos assinados, nomeadamente o acordo parassocial subscrito.
"Seria gravíssimo e de uma irresponsabilidade inqualificável, que o Estado avançasse para uma aquisição nos termos que já são públicos sem existir o devido acordo parassocial", disse Virgílio Macedo, considerando que para a Região Norte a divulgação dos termos totais desse acordo é "extremamente relevante".
"Se a uma empresa privada, com risco de negócio privado, em que não exista o envolvimento de qualquer dinheiro dos contribuintes é lícito fazer as opções estratégicas que julga as mais adequadas, quando existe investimento de dinheiro público, torna-se obrigatória a salvaguarda do interesse público do negócio", frisou.
Os sociais-democratas do Porto pretendem também saber "quanto é que vai custar no futuro este negócio onde, pelos vistos, o Estado aceita investir dinheiro público e não ter nem direitos económicos nem direitos de gestão na mesma proporção".
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