É preciso acabar com os “alçapões que permitem porta giratória”
“Uma vitória (…) De político a gestor, vão poucos meses para Paulo Portas”. Palavras do líder parlamentar do Bloco de Esquerda, que comentou a passagem de Paulo Portas para consultor da Mota-Engil, afirmando que é urgente simplificar a lei para que ex-governantes não passem a exercer cargos no privado após os mandatos.
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Política Pedro Soares
Pedro Filipe Soares já tinha manifestado a sua opinião sobre o novo cargo de Paulo Portas, mas hoje, em entrevista à RTP, voltou a sublinhar que é urgente que se faça “uma simplificação à lei” para que não fique colocada em causa a separação do interesse público e privado.
“Este é mais um caso de um político que passa a gestor de uma empresa que é um grande grupo industrial em Portugal e, com um interesse histórico, porque esse apetite é conhecido e ele é transversal até à situação política do país. (…) Ex-políticos e ex-ministros que dizem sim a esse apetite (…) nós podemos questionar e colocar em causa muitas decisões que foram tomadas enquanto governo”.
O Bloco, que quer levar à Assembleia uma iniciativa legislativa para não permitir que casos como estes ou “de Maria Albuquerque aconteçam”, exige “uma maior simplificação da lei para acabar com os alçapões que permitem esta porta giratória entre o público e o privado. Com essa simplificação, nós garantimos um período de nojo mais alargado e garantimos que o interesse público é salvaguardado”.
E, reforçou: “Os agentes públicos, aqueles que estiveram a servir o Estado enquanto governantes, não podem depois saltar para o privado como se nada fosse. De político a gestor, pelos vistos, vão poucos meses para Paulo Portas (…) É mais uma vitória, acaba por ficar nos seus quadros”.
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