"Há uma espécie de desacerto de Passos Coelho"
A recapitalização da Caixa Geral de Depósitos é o tema que tem dominado todos os comentários políticos televisivos. Hoje, no programa ‘Radar’ da RTP3, foi a vez de Ana Drago se pronunciar sobre esta problemática.
© Global Imagens
Política Ana Drago
Há uma certa confusão no que a posições tomadas diz respeito quando se fala na recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Quem o diz é Ana Drago, referindo-se ao facto de Armando Vara, que “supostamente seria um dos principais visados de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) à atuação da gestão da CGD, vir pedir uma CPI, enquanto Ferreira Leite e Bagão Félix vêm dizer que não é oportuno fazê-lo agora”.
Independentemente de tudo isto, Ana Drago considera que “alguma coisa tem de ser dita sobre a forma como o bloco central geriu a CGD ao longo dos últimos 10 anos”.
“É sobre isso que temos de perceber. Temos de perceber porque é que o montante de recapitalização é tão elevado”, afirma, lembrando que para já o que “percebemos é que há imparidades e que há uma folga que, aparentemente, é pedida pela nova administração para ter capacidade de relançar a CGD”.
Depois de estranhar as posições de Armando Vara, Ferreira Leite e Bagão Félix, Ana Drago confessa que lhe parece “um pouco estranho esta insistência do PSD na CPI que parece cair muito sobre o processo de recapitalização e não sobre as questões anteriores”.
“E há uma espécie de desacerto de Pedro Passos Coelho. Parece querer acertar com a CPI na era da gestão Sócrates, mas na verdade Sócrates é hoje uma espécie de adversário interno de António Costa dentro do PS. É estranho que Passos Coelho queira atirar a CPI sobre Sócrates quando isso não cai em cima de Costa, mas sim das correntes socráticas”, finalizou.
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