Verdes não são "bengalas" e fazem balanço "positivo" do Governo
O deputado e dirigente do Partido Ecologista Os Verdes José Luís Ferreira classificou hoje como "muito positivo" o entendimento com o PS, que viabilizou o Governo socialista, mas negou ser mais uma "bengala" do executivo.
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Política José Luís Ferreira
"Não vejo como uma bengala. Somos duas forças políticas que estamos nesta circunstância de boa-fé e com sentido de responsabilidade. Não vejo aí qualquer bengala, somos parceiros nesta nova circunstância, com responsabilidade e boa-fé, que têm pautado as nossas relações", disse à Lusa, num encontro-convívio com outros dirigentes e militantes de todo o país, na sede nacional.
As instalações dos ecologistas, em Lisboa, vão de resto ser palco de reunião do conselho nacional no sábado, a partir das 10:30, prevendo-se uma conferência de imprensa de apresentação de conclusões para as 17:00.
"Fazemos uma balanço muito positivo desta sessão legislativa sobretudo porque as pessoas estão melhor do que estavam há quatro anos. Têm mais poder de compra, mais direitos, mas há ainda muito pela frente para fazer", afirmou o parlamentar de "Os Verdes".
Frisando gostar "de lhe chamar posição conjunta e não acordo com o PS, onde se estabelecia genericamente acordo entre as partes naquilo em que havia acordo porque onde não havia acordo não ficou na posição conjunta", José Luís Ferreira sublinhou as "premissas essenciais - devolução de rendimentos às famílias e direitos que tinham ido ao ar com o anterior Governo, PSD/CDS".
O deputado ecologista destacou as conquistas de "mais quatro dias de repouso durante o ano" (feriados), a baixa do IVA na restauração para 13%, "a eliminação da sobretaxa de IRS e a devolução dos salários objeto de cortes pelo anterior Governo".
Outra "coroa de glória" para "Os Verdes" foi a revisão do plano nacional de barragens, com a suspensão de duas obras previstas (Alvito e Girabolhos) e o adiamento de uma outra (Fridão) por três anos e a aprovação do plano ferroviário nacional.
"Travar a expansão do eucalipto" é outro objetivo do PEV, estando já a "ultimar um diploma com o Governo nesse sentido", pois aquela espécie florestal contribui para a maior dimensão dos incêndios.
Os ecologistas pretendem ainda "moralizar os salários dos administradores das entidades reguladoras", que permitirá poupar "meio milhão de euros por ano ao Estado", uma vez que haverá responsáveis daquelas instituições a ganhar o triplo do salário do primeiro-ministro, uma matéria que estará dentro em breve em discussão no parlamento.
Relativamente ao Orçamento do Estado para 2017, o dirigente de "Os Verdes" também frisou o desejo de ver "valorizadas as pensões (com seu aumento real), alargar o universo de isenções de taxas moderadoras da saúde, reafirmar a natureza progressiva do IRS (com pelo menos seis escalões em vez dos atuais cinco) e a futura dedução à coleta para despesas com a mobilidade sustentável (passes sociais, títulos de transportes públicos e aquisição de bicicletas).
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