Maria Luís implacável: OE2017 é "ficção" e tem "curtíssimo prazo"
PSD analisou proposta de Orçamento do Estado para 2017.
© Reuters
Política Albuquerque
Maria Luís Albuquerque foi quem em nome do PSD fez saber qual é a análise do partido ‘laranja’ à proposta de Orçamento apresentado pelo Governo de António Costa.
A vice-presidente do PSD considerou que “o ponto de partida para o Orçamento de 2017 é uma ficção que afeta gravemente a credibilidade do Orçamento”.
A antiga ministra das Finanças não crê que o que está previsto no documento traga “bons resultados no futuro” e considera que as medidas inseridas na proposta têm dois lados: por um lado, tentar agradar os portugueses com uma suposta devolução de rendimentos, e, por outro lado, tentar agradar as entidades externas fazendo-lhes crer que se está a ser cauteloso ao aplicar mais impostos.
Para o partido, a “principal marca desta proposta é o aumento de impostos”, nomeadamente os impostos indiretos, “quer com o agravamento de impostos já existentes quer com a criação de novos”.
“O que isto representa é a substituição de medidas que tinham sido criadas com natureza extraordinária, por novas medidas de impostos de caráter permanente”, considerou a antiga ministra, defendendo que esta proposta marca uma”questão de justiça social e de promoção de desigualdades.
Apontando o aumento de impostos e a injustiça social como "marcas" do documento que foi apresentado na sexta-feira, a vice-presidente social-democrata deixou duras críticas à "opção política de não fazer um aumento extraordinário para as pensões mais baixas", classificando a decisão como "vergonhosa e absolutamente incompreensível", considerando ainda que não crê que a sobretaxa de IRS vá desaparecer longo do ano, tal como prometido.
Maria Luís Albuquerque afirma, também, que “o cenário macroeconómico de 2016, que é revisto, mantém a taxa de crescimento do PIB, o que é otimista, mas no que diz respeito ao ponto de partida para 2017 não há uma atualização do que é a previsão de execução”.
“O ponto de partida para o Orçamento de 2017 é uma ficção que afeta gravemente a credibilidade do orçamento”, disse, acrescentando que “aquilo que é essencialmente a nossa preocupação é que este é um orçamento de curtíssimo prazo”.
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