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CR7 a dar nome ao aeroporto? "Chocar-me-ia menos Alberto João Jardim"

A opinião é do socialista Francisco Seixas da Costas.

CR7 a dar nome ao aeroporto? "Chocar-me-ia menos Alberto João Jardim"
Notícias ao Minuto

09:40 - 27/03/17 por Inês André de Figueiredo

Política Seixas da Costa

O nome de Cristiano Ronaldo foi escolhido para dar nome ao Aeroporto da Madeira, homenageando, assim, o melhor jogador do mundo e o principal embaixador do arquipélago. Porém, a decisão tem gerado polémica. Desta feita, o socialista Francisco Seixas da Costa afirma na sua página de Facebook que a escolha de Alberto João Jardim chocá-lo-ia menos.

“Sabendo bem que o que escrevo é polémico e desagradará a muitos dos meus amigos (e, infelizmente, agradará a muitos que prezo em não ter como tal), quero aqui dizer, com total frontalidade e sem ambiguidades, que me chocaria muito menos que o nome de Alberto João Jardim fosse dado ao aeroporto da Madeira, em lugar do de Cristiano Ronaldo, cujas qualidades atléticas ficariam, com certeza, muito mais adequadamente consagradas num estádio ou outra instalação desportiva”, pode ler-se no texto que publicou na rede social.

“O oportunismo turístico tem limites, que são os do bom-senso, da justiça e, claro, do ridículo”, acrescenta.

Antes da conclusão em torno do nome do aeroporto, Francisco Seixas da Costa recorda que durante décadas se indignou com “o modo como Alberto João Jardim exerceu a sua ação como presidente do Governo Regional da Madeira”.

“Não apreciei o seu frequente autoritarismo, o modo displicente e desrespeitador como sempre tratou a oposição, as instituições nacionais e a comunicação social. A Madeira, durante o seu longo reinado, teve uma existência política com sérias e evidentes falhas na democraticidade da sua vida cívica. Um estilo de caudilhismo ao jeito sul-americano impôs-se por décadas naquela região e Alberto João Jardim foi a cara dessa pouco prestigiante excecionalidade”, começa por dizer.

Deste modo, o socialista refere que a Madeira, “com todas as suas desigualdades e fragilidades, está hoje a anos-luz da ilha pobre e subdesenvolvida que conheci nos anos 70”, tendo sido “a zona do território português que mais beneficiou em termos de "salto em frente" em múltiplos domínios, através de um discutível, mas eficaz ‘keynesianismo’”.

“Uma vez mais, também aqui, a cara dessa imensa mudança positiva é, indiscutivelmente, a de Alberto João Jardim”, frisa.

“Sou testemunha presencial do modo como soube lutar, junto do governo central, mas, muito particularmente, junto das entidades europeias, pelos interesses da sua região, do seu esforço continuado e persistente, às vezes por meios menos ortodoxos, para obter tudo o que considerava necessário para a sua Madeira”, justifica o socialista.

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