"Rotura encenada" de Rui Moreira com PS expõe a sua "arrogância"
E "destina-se a reconstruir a sua desgastada imagem", diz ainda João Semedo, candidato do Bloco à Câmara do Porto.
© Global Imagens
Política João Semedo
Rui Moreira marcou presença esta sexta-feira à noite no Jornal da SIC, numa altura em que o presidente da Câmara Municipal do Porto e o PS se preparam para seguir caminhos distintos na ‘corrida’ às autárquicas.
Moreira, que contou com o apoio do PS e do CDS no mandato que este ano termina, assumiu que vai convidar Manuel Pizarro, do PS, para a sua lista, mas que o seu ‘número 2’ será independente.
Para João Semedo, o candidato do Bloco de Esquerda à autarquia da cidade Invicta, estamos perante um rotura encenada por parte do autarca.
“Das palavras de Rui Moreira percebemos que tudo vai ficar na mesma entre Rui Moreira e o PS”, afirma João Semedo em declarações exclusivas ao Notícias ao Minuto. Mas o candidato bloquista vai mais longe nas críticas.
“A dramatização criada por Rui Moreira, encenando a rotura com o PS, destina-se a reconstruir a sua desgastada imagem de independência face aos partidos com quem tem governado, o PS e o CDS, fingindo que nada negoceia com eles”, destaca.
João Semedo diz ainda que “este episódio expõe na praça pública para que todos possam ver a arrogância de Rui Moreira e o estilo de caudilho que molda o seu comportamento”. E mais: “mostra igualmente até onde chega a subordinação dos dirigentes do PS/Porto”. Esta subordinação, dá a entender, poderá passar inclusive pela aceitação de cargos abaixo das expectativas.
Sobre o convite anunciado por Rui Moreira a Manuel Pizarro, bem com a possibilidade de outros socialistas serem convidados, João Semedo considera que estamos perante “convites que certamente não deixarão de ser aceites por quem ainda há poucos dias dizia que apoiava Rui Moreira com convicção, mesmo que esses convites sejam para posições mais desgraduadas que o previsto e desejado”.
O candidato do Bloco considera ainda que Ana Catarina Mendes, a secretária-geral adjunta dos socialistas, “não disse nem mais nem menos sobre os resultados eleitorais de Rui Moreira do que disseram Paulo Portas aquando da vitória em 2013 e Assunção Cristas quando anunciou o apoio do CDS à recandidatura de Rui Moreira”.
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