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PCP recusa que nova expansão do metro do Porto fique "para as calendas"

O PCP recusa que a próxima fase de alargamento da rede de metro do Porto fique "para as calendas" ou "demore dez anos como a anterior", referiram hoje os candidatos às câmaras do Porto e de Gaia.

PCP recusa que nova expansão do metro do Porto fique "para as calendas"
Notícias ao Minuto

16:49 - 03/07/17 por Lusa

Política Ilda Figueiredo

Em conferência de imprensa conjunta, a candidata da CDU à autarquia do Porto, Ilda Figueiredo, bem como o candidato da coligação PCP/PEV a Gaia, Mário David Soares, apoiados pelo deputado na Assembleia da República (AR), Jorge Machado, exigiram que o Governo calendarize linhas que não estão contempladas na última versão da expansão do metro e inclua no mapa atual uma estação a construir no Campo Alegre.

"Não podemos esperar outros dez anos por novos passos. Têm de ser definidos calendários e programados investimentos. Podemos não nos entender nos projetos, mas temos de definir prioridades e calendários para que a mobilidade do distrito do Porto avance. E o metro é uma questão central que preocupa as populações que querem e precisam e ter acesso a este serviço", referiu Jorge Machado.

Esta exigência do PCP está vertida num projeto de resolução que será discutido na AR sexta-feira, o qual aponta três recomendações que são para os comunistas "urgentes e fundamentais".

De imediato o PCP exige que a rede de metro, nomeadamente a anunciada futura linha Rosa projetada para ligar São Bento à Casa da Música, inclua uma estação no Campo Alegre, zona que abrange um dos polos da Universidade do Porto e mais de uma dezena de empreendimentos habitacionais.

"Julgamos que não é nada transcendental. Não é um investimento muito significativo no panorama geral. E insistimos porque esta linha já foi anunciada, não fazendo sentido que não inclua esta estação que pode beneficiar estudantes moradores e milhares de pessoas que se deslocam em trabalho", apontou Ilda Figueiredo.

A candidata à câmara do Porto também argumentou que se o projeto não incluir o Campo Alegre, a continuação até à Foz do Porto ou até concelhos vizinhos pode ficar "comprometida ou adiada por mais dezenas de anos".

O projeto de resolução do PCP também pede a calendarização da extensão da rede até Matosinhos Sul e a concretização de uma linha até às Devesas em Vila Nova de Gaia.

"Gaia é o terceiro maior município de Portugal mas só tem 1,6 quilómetros de toda a rede de metro. E também achamos que não vale a pena fazer linhas de metro sem que estas sejam acompanhadas de parques de estacionamento", reivindicou o candidato a Gaia, Mário David Soares.

Na conferência de imprensa, o PCP frisou "a defesa da mobilidade" como "central" para o Porto e cidades vizinhas, considerando que atualmente se vive "uma situação quase infernal" na Área Metropolitana no que diz respeito aos transportes, poluição e complicações de tráfego.

"Não nos esquecemos que outras linhas foram anunciadas [referindo-se à linha Rosa da Casa da Música para São Bento e à continuação da linha Amarela de Santo Ovídio para Vila d'Este, Gaia] e que foi afirmado que o arranque das obras está previsto para 2019. E sabemos que outras linhas estão em estudo [ligação a Gondomar e ligação da Asprela à Maia] mas estamos a apontar outros investimentos que achamos prioritários, pedindo a sua calendarização porque gato escaldado de água fria tem medo. Dez anos separaram o anúncio de investimentos", concluiu Jorge Machado.

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