Pizarro, "candidato do truque e do apagão", quer entendimento com Moreira
Críticas são do bloquista João Semedo.
© Global Imagens
Política João Semedo
João Semedo era a escolha inicial do Bloco de Esquerda para concorrer às autárquicas no Porto. Por questões de saúde, o ex-deputado afastou-se, com João Teixeira Lopes a assumir a liderança da candidatura portuense do Bloco. Mas o antigo coordenador do Bloco continua atento.
Na sua página no Facebook, João Semedo reagiu a uma entrevista recente de Manuel Pizarro, candidato do PS no Porto, ao jornal Público. E fê-lo num texto em que considera que “Manuel Pizarro confessa-se como o candidato do truque e do apagão para permitir um novo entendimento com Moreira e o CDS”.
Pizarro, recorde-se, foi vereador no atual executivo de Rui Moreira. Mas já este ano, no lançamento para esta campanha, o PS e Rui Moreira afastaram-se. João Semedo, porém, considera que este afastamento pode ter novo volte-face
“Manuel Pizarro, mais uma vez, não recusa novo acordo para governar [a autarquia] com Rui Moreira e o CDS. Aliás, até acha que o PS, já hoje, faz falta a Rui Moreira”, considera Semedo sobre as respostas de Pizarro em entrevista ao Público.
Para Semedo, isto não é “nada que nos deva surpreender. Recordemos como eles se entenderam tão bem durante os quatro anos do mandato que agora termina. O truque - a palavra usada por Pizarro - é, pois, fingir que esses quatro anos não existiram, apagá-los da campanha, não falar deles e muito menos criticar Rui Moreira”, aponta. O bloquista diz ainda que “Pizarro leva tão longe este apagão que, ao falar do caso Selminho, prefere branquear a actuação de Rui Moreira e da maioria camarária, incluindo dele próprio, nem que para isso tenha que revelar a sua ‘distração’ como expediente para esconder a sua cumplicidade”.
O texto de Semedo publicado nas redes sociais é concluído com uma pergunta: “Julgará Manuel Pizarro que alguém acredita nesta versão infantil destinada a iludir a sua cumplicidade com Rui Moreira no caso Selminho?”.
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