Presidente do PS saúda "distanciamento" do CDS face ao PSD
O líder parlamentar do PS saudou hoje o "distanciamento" do CDS-PP face ao PSD sobre disponibilidade para concertação política em matéria de investimentos em obras públicas, acusando os sociais-democratas de resistência "obsessiva" a consensos.
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Política Obras Públicas
Esta posição foi assumida por Carlos César, que é também presidente do PS, no discurso que proferiu em plenário, na reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República, durante o período de declarações políticas.
O presidente da bancada socialista centrou as suas críticas na linha política de oposição ao Governo seguida pelo PSD, considerando-a "desvalorizadora e pouco construtiva".
Neste contexto, Carlos César saudou "o distanciamento que o CDS tem vindo a fazer, por menos criativo que seja, dessa resistência obsessiva à concertação política [do PSD], como agora acontece no caso dos investimentos de médio prazo em infraestruturas públicas".
"Não desvalorizamos as nossas opções preferenciais, mas não desconsideramos a procura de consensos. São consensos que, uma vez alcançados, não apagam nem prejudicam as divergências de métodos e conteúdos que separam a direita que governou da esquerda que governa, a direita que depauperou o Estado da esquerda que o procura reabilitar, a direita que destruiu a coesão social da esquerda que trabalha a diminuição das desigualdades", declarou.
Na sua intervenção, o líder parlamentar do PS referiu-se aos focos de instabilidade da situação internacional, apontando como exemplos a saída do Reino Unido da União Europeia, a Venezuela e a Coreia de Norte, e salientou os "desafios" orçamentais nesta segunda metade da legislatura.
Neste ponto, apontou quais as prioridades da agenda política do PS, colocando entre elas "o relançar do debate sobre a descentralização" - reforma em que o Governo e a bancada socialista não conseguiram o consenso suficiente para a fechar na sessão legislativa passada.
Segundo Carlos César, no próximo mês deverá iniciar-se a consulta pública sobre a nova lei das finanças locais.
Outra prioridade do PS, de acordo com o seu presidente, deverá passar pela discussão do novo quadro europeu de apoios pós-2020.
Na política orçamental, o presidente da bancada do PS especificou algumas das principais opções: O aumento da justiça fiscal com "a redução dos encargos de mais de milhão e meio de famílias", a "valorização do capital humano para a qualidade e a eficiência da administração pública" (descongelamento de carreiras) e a "melhoria dos rendimentos dos ativos e dos pensionistas e o apoio aos desempregados".
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