Huawei desvaloriza decisão dos EUA em proibir equipamento da empresa
A gigante chinesa das telecomunicações Huawei desvalorizou hoje a decisão de Washington de proibir o uso dos seus produtos, negando que terá impacto na empresa, devido ao seu "pequeno volume de negócios" nos Estados Unidos.
© Reuters
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"Os nossos negócios nos Estados Unidos não são muito grandes", afirmou o responsável pelos investimentos da Huawei, Wang Tao, numa conferência de imprensa, em Pequim.
Wang lembrou que o grupo está presente em "170 países e regiões", tornando-o menos dependente da sua atividade nos EUA.
O responsável criticou ainda a "confusão" de "alguns" governos entre cibersegurança e disputas "políticas e ideológicas", uma abordagem que considerou "não ser construtiva" para nenhuma das partes.
"Considerar uma empresa como um desafio para a segurança não é o caminho certo para avançar: não ajudará a melhorar a cibersegurança nas sociedades inteligentes do futuro", defendeu.
O empresário falava à margem da apresentação, em Pequim, do primeiro banco de dados de inteligência artificial do mundo, o GaussDB, após quase nove anos de desenvolvimento.
A empresa apresentou ainda um novo software para armazenamento de "desempenho máximo", o FusionStorage 8.0, com o qual afirma que as empresas não precisarão mais de apagar informações das suas bases de dados.
Em relação aos receios sobre a confiabilidade destes novos produtos, Wang Tao argumentou que a empresa "tem padrões de segurança muito altos" e que "respeita a propriedade" desses dados.
"Em comparação com outras empresas, a Huawei respeita muito a propriedade (de dados), não acedemos às informações e prometemos não monitorar o seu uso", disse.
A imprensa norte-americana avançou hoje que o Presidente dos EUA, Donald Trump, vai emitir, na quarta-feira, uma ordem executiva que efetivamente proibirá as empresas dos EUA de usar qualquer equipamento de telecomunicações fabricado pela Huawei.
Washington tem ainda pressionado vários países, incluindo Portugal, a excluírem a Huawei na construção de infraestruturas para redes de quinta geração (5G), a Internet do futuro, acusando a empresa de estar sujeita a cooperar com os serviços de informação chineses.
Austrália, Nova Zelândia e Japão aderiram já aos apelos de Washington e restringiram a participação da Huawei.
Ainda assim, a Huawei anunciou, no primeiro trimestre do ano, um aumento homólogo das receitas de 39%.
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