Black Friday? "Portugueses preocupam-se com preço e aproveitam promoções"
Aproveitámos a Black Friday para conversar com a Portugal Country Leader da Amazon, Inês Ruvina, sobre a presença da gigante de comércio eletrónico em Portugal.
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Estamos a 29 de novembro, o que significa não só que estamos a entrar na época festiva de final de ano como ainda que estamos em plena Black Friday - uma das datas mais mediáticas no que ao consumo diz respeito e para a qual as grandes lojas, superfícies e plataformas de preparam a ‘rigor’.
É o caso da Amazon que, mais uma vez, se preparou para o período da Black Friday com descontos em centenas de produtos diferentes e que se faz valer da subscrição Prime como um dos seus ‘trunfos’.
Foi para tentar perceber a adesão ao Prime e à Black Friday dos consumidores portugueses que o Notícias ao Minuto se deslocou ao mais recente evento da Amazon em Lisboa. O evento em questão teve lugar no espaço Suspenso e, entre convívio e um espetáculo de magia proporcionado por Gabriel Ferreira, tivemos a oportunidade de falar com a Portugal Country Leader da Amazon, Inês Ruvina.
Começámos por questionar a respeito do número de subscritores do Prime em Portugal, uma pergunta a que Inês Ruvina disse não poder responder uma vez que “não pode discutir números a nível local”.
“Mas posso dizer que em Portugal a evolução tem sido muito natural uma vez que o nosso país tem clientes há muito tempo a comprar na Amazon em outros países”, notou Inês Ruvina. De facto, um estudio realizado pela Amazon com a GfK indica que 96% dos portugueses admite que já faz compras online - com 66% a dizer mesmo que o faz pelo menos uma vez por mês.
“Quando começamos a disponibilizar o site espanhol em língua portuguesa e o próprio Prime em Portugal em em 2021, naturalmente os clientes começaram a concentrar-se no site espanhol para fazerem as suas compras”, notou Inês Ruvina.
Abaixo pode ler na íntegra a entrevista à Portugal Country Leader da Amazon:
Ao longo do ano os hábitos das pessoas vão mudando, na medida que procuram coisas diferentes. No ano passado, no inverno, houve uma altura em que as pessoas procuravam máquinas para tirarem borbotos das camisolas
O lançamento do Prime em Portugal contribuiu para um aumento significativo da utilização da Amazon? Houve pessoas a experimentar pela primeira vez?
Exatamente. Afinal de contas, o Prime é uma das maiores subscrições em todo o mundo e vemos continuamente os nossos clientes portugueses a experimentarem o Prime e a ficarem connosco. O que é muito natural, porque estamos a fazer imenso trabalho para dar a melhor experiência de compra possível aos clientes Prime - não só com as entregas rápidas, que queremos que sejam ainda mais rápidas…
A promessa de entrega é no dia a seguir à encomenda?
Em muitas situações é de um dia para o outro, mas há ocasiões em que demora dois dias. Depende do momento do dia em que se faça a compra e a encomenda.
Em alguns países europeus o Prime promete entregas no próprio dia em que são encomendados. Dado que em Portugal pode demorar até dois dias e é através da Amazon em Espanha, não sente que os portugueses podem sentir que estão a subscrever um serviço que fica aquém do que existe em outros mercados? Alguma vez poderá haver um Prime Portugal?
A maior parte do ‘feedback’ que nós temos é que as entregas das encomendas estão a funcionar bem e estamos também a acelerá-las. Por exemplo, recentemente começámos a realizar entregas ao fim de semana e também aumentamos imenso a conveniência porque habilitamos as entregas nos pontos CTT, que estão espalhados por todo o país com uma rede bastante densa. O ‘feedback’ que temos é que realmente isto traz imensa conveniência e facilidade de compra.
Outra coisa que também vemos é que há muitos clientes que fazem a compra através da nossa aplicação, que não tem país. É a mesma app, pelo que a experiência que providenciamos é a melhor experiência para esse território.
As devoluções ainda são vistas como uma incógnita por quem não tem o hábito de comprar online. Qual é o ‘feedback’ que têm em relação aos clientes da Prime em Portugal?
Aí temos boas notícias, porque para facilitar as compras nesta altura do ano o que fazemos é um período de devolução estendido. Tudo o que é comprado a partir entre os dias 1 de novembro até 6 de janeiro pode ser devolvido até fevereiro. É uma forma de também irmos ao encontro dessa reticência de alguns clientes em relação ao comércio online.
Há imensa gente a experimentar produtos online, que planifica e até adia as suas compras a pensar em eventos como a Black Friday. O que percebemos é que o cliente português é preocupado com o preço, que gosta de aproveitar as promoções e que perde o seu tempo a comparar preços para garantir que está a tomar uma decisão de compra.
Isto vai muito alinhado com aquilo que queremos oferecer com a Amazon: uma compra fácil, com preços baixos e, no caso específico desta altura do ano, com um período de devolução alargado para facilitar a descoberta do nosso site.
Temos visto cada vez mais a Black Friday a ser posicionada como uma época de compras de Natal. Este reposicionamento é feito de forma consciente pela Amazon?
Sim, até porque vemos uma coisa muito engraçada: ao longo do ano os hábitos das pessoas vão mudando, na medida que procuram coisas diferentes. No ano passado, no inverno, houve uma altura em que as pessoas procuravam máquinas para tirarem borbotos das camisolas.
A certa altura, em junho, havia a pesquisa de rolos de máquinas fotográficas portáteis, carregadores de telemóvel bem pequeninos mas potentes para estarem muito tempo fora de casa… Nós observamos estas variações no comportamento dos clientes e vamos ao encontro disso com estes eventos como a Black Friday.
Se tivesse de apostar, qual é o produto que poderá revelar-se uma tendência neste final de 2024?
Se tivesse de dizer… Acho que o melhor dado que poderia ver era as coisas que mais foram vendidas na Black Friday no ano passado. Em Portugal, por exemplo, vemos na lista dos mais vendidos as toalhitas da Dodot, cápsulas de café da Delta… O que acho muito interessante, porque é algo bem português. Temos também coisas de consumo menos corrente, como robôs aspiradores…
Air Fryers não?
Air Fryers também, exatamente [risos]. Alguns destes produtos estarão com certeza em 2024.
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