Sempre apontado como tendo grande potencial, o mercado dos wearables e dos relógios inteligentes tem tido ainda assim desempenho abaixo das expetativas, nunca chegando ao nível de utilização dos smartphones.

O principal problema parece ser a forma como a informação do dispositivo é apresentada aos utilizadores, com a interface limitada pelo pequeno mostrador dos dispositivos móveis a colocarem um obstáculo óbvio mas difícil de ultrapassar. A Emozionella crê ter encontrado a solução.

A empresa espanhola esteve em Portugal a propósito do Web Summit, onde procurou apresentar a sua inteligência artificial que pode ‘desbloquear’ o mercado dos wearables. Em baixo pode ficar a conhecer a Emozionella e a sua missão assim e em cima um vídeo onde pode ver a solução da empresa.

O que é a Emozionella? Qual é o objetivo da empresa?

A Emozionella é uma consultora. Ajudamos as marcar a criar conceitos para aplicações revolucionários de relógios inteligentes que hajam como assistentes pessoais digitais. Conseguimos fazê-lo graças à nossa solução de inteligência artificial (IA) que criámos especificamente para as aplicações que providenciamos a marcas além dos nossos serviços de consultoria.

Portanto – em tempo real – as experiências adaptam-se à personalidade dos utilidades e tornam-se mais pessoas; a aplicação antecipa as necessidades dos utilizadores e oferece valor de relance; as notificações são enviadas quando o contexto é adequado para ressoarem mais e não perturbarem.

É uma mudança de perspetiva, enquanto as aplicações standard apresentam conteúdo e funções que deixam o utilizador escolher, a nossa aplicação tem a intenção de perceber os objetivos do utilizador e exibir o que é relevante. Procura antecipar as necessidades do utilizador, portanto tudo é mais rápido e simples para o utilizador e mais lucrativo para as marcas.

Acreditamos que isto melhorará a relação entre marcas e consumidor num nível emocional. Uma relação mais contínua e íntima e mutuamente lucrativa.

Quando foi criada a Emozionella?

Foi fundada em 2015, em Madrid, Espanha.

Este foi o vosso primeiro Web Summit? O que acharam de Lisboa como cidade anfitriã?

Foi o nosso primeiro sim. Adorámos Lisboa, regressaremos à cidade e esperamos que os nossos parceiros na cidade queiram que integremos a nossa visão inovadora da aplicação.

A Emozionella é especializada em relógios inteligentes e wearables? Qual é a razão por detrás desta escolha?

Sempre sentimos que o maior problema dos dispositivos móveis é que seja necessário que os utilizadores os aprendam a utilizar – fomos nós humanos a adaptarmo-nos a máquinas. Quisemos o oposto: as máquinas a adaptarem-se aos humanos. Sentimos que éramos capazes de resolver o problema com os wearables porque têm uma relação íntima e emocional com o utilizador (também são um artigo de moda). Portanto força a experiência a viver nos termos do utilizador.

Qual é a opinião sobre o mercado dos wearables e dos relógios inteligentes? Acham que já teve o seu pico ou ainda tem potencial?

O mercado dos relógios inteligentes e dos wearables ainda tem muito crescimento pela frente. Ainda não vimos nada! Acreditamos que o todo o mercado vais crescer a um ritmo de dois dígitos nos próximos cinco anos – especialmente nos relógios inteligentes porque resolvem as necessidades de conectividade dos consumidores e são impulsionados por fabricantes e developers.

Com os relógios inteligentes deve-se tornar a conexão constante mais fácil, portanto é esperado que tenham um ritmo de crescimento mais alto que os wearables básicos (cerca de 30% nos próximos cinco anos, o número tende a variar dependendo do instituto de investigação. A experiência de bolso dos smartphones não consegue lidar com a quantidade de informação que o utilizador conectado de hoje em dia recebe enquanto a experiência de pulso consegue. No próximo ano devemos ver uma nova oferta de dispositivos que caminha nesta direção.