Consumidores vão ter acesso no telemóvel a dados sobre químicos perigosos
Os portugueses vão poder ter acesso a informação, através do telemóvel, sobre a presença de substâncias químicas perigosas nos produtos, ao abrigo de um programa europeu a decorrer nos próximos cinco anos, anunciou hoje a Zero.
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A Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, é o parceiro para Portugal do projeto Life AskReach, financiado pelo Programa Life da União Europeia (UE), liderado pela Agência Ambiental Alemã e envolvendo 13 países.
O objetivo da iniciativa é sensibilizar os cidadãos e as empresas para a "necessidade de estarem informados sobre a presença de substâncias químicas perigosas em artigos e promover a sua substituição", permitindo tomar decisões responsáveis, refere um comunicado da Zero.
Os consumidores poderão usar uma aplicação para 'smartphone' e obter informação sobre estas substâncias ou enviar pedidos de esclarecimento aos fornecedores.
Realçando que se trata de divulgar artigos com menos químicos perigosos, a associação ambientalista explica que nem todos os cidadãos têm conhecimento que alguns dos artigos comprados, como roupa, calçado, móveis, materiais de construção e mesmo livros, "poderão não ser tão seguros como parecem".
Os produtos podem conter substâncias que 'Suscitam Elevada Preocupação' (SVHC), incluindo "carcinogéneos, desreguladores endócrinos" e elemento que podem afetar o ambiente.
Além de informar os cidadãos europeus, o projeto Life AskReach pretende sensibilizar a indústria e os retalhistas para a presença daquelas substâncias, promovendo a sua substituição.
O regulamento europeu sobre substâncias químicas - REACH -- determina que, se uma substância classificada como SVHC está presente num artigo com uma concentração acima de 0,1%, essa informação tem que ser comunicada ao longo da cadeia da produção e fornecimento.
"Os consumidores também têm o direito a solicitar esta informação e podem usá-la para tomar decisões informadas quando vão adquirir um produto ou artigo", realça a Zero.
A associação avança que várias grandes empresas "já expressaram o seu apoio ao projeto e serão os primeiros" a colocar a sua informação numa base de dados, sobre a presença ou não de substâncias químicas que suscitam elevada preocupação nos seus produtos.
Entre os 20 parceiros do projeto estão entidades cuja atividade está relacionada com esta assunto, institutos de investigação, organizações não-governamentais de ambiente e organizações de defesa dos consumidores.
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