França denuncia "informações maliciosas" sobre fim da Renault-Nissan
O ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, denunciou hoje que circulam "informações maliciosas" sobre um possível desejo da Nissan em dissolver a sua aliança com a Renault, veiculada pelo jornal britânico Financial Times.
© Reuters
Auto Renault-Nissan
"Trata-se de informações maliciosas", disse Le Maire no canal de televisão francês CNEWS, considerando que há "muita manipulação" nessas intenções atribuídas à Nissan e negadas pelo próprio grupo japonês.
Essas afirmações "existem para desestabilizar o grupo, semear problemas num momento em que, pelo contrário, estamos a corrigir essa aliança entre a Renault e a Nissan, que realmente passou por dificuldades", reconheceu o ministro francês.
Durante uma longa conferência de imprensa em Beirute, na semana passada, o ex-chefe da Renault-Nissan Carlos Ghosn - que está no Líbano fugido da justiça japonesa -- disse que já não há uma aliança Renault-Nissan e que a estratégia de consenso não está "a funcionar".
"A aliança Renault-Nissan não está morta! Vamos demonstrá-la em breve", respondeu hoje o seu atual presidente, Jean-Dominique Senard, numa entrevista ao jornal diário belga L'Echo.
O fabricante japonês garantiu hoje, por sua parte, não ter "a intenção de dissolver" a sua aliança com a Renault e a Mitsubishi Motors, segundo um comunicado enviado à imprensa.
As últimas especulações sobre o futuro da aliança fizeram cair os títulos da Renault e da Nissan: a primeira caiu 2,82% na segunda-feira na Bolsa de Paris, enquanto a segunda terminou hoje com uma queda de 2,96% na Bolsa de Tóquio, que esteve fechada na segunda-feira.
"Penso que daqui a alguns dias veremos um novo diretore-geral da Renault", disse e Le Maire, sem mencionar o nome do candidato, o italiano Luca de Meo, que renunciou há uma semana ao chefe do fabricante espanhol Seat (grupo Volkswagen).
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