Poderá a tecnologia substituir os profissionais do setor da construção?
Há uma infinidade de aspetos não quantificáveis que os seres humanos trazem para cada projeto, como as reuniões com clientes e o aspeto sentimental, que não pode ser realizado pelas máquinas.
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Arquitetura e automação são dois conceitos que atualmente, com os avanços tecnológicos, andam de mãos dadas. Será? Por um lado, há um certo receio de que a domótica substitua os profissionais do setor da construção, tornando a profissão mais automatizada e menos criativa. Por outro lado, a tecnologia tornou esta prática mais eficiente, em termos de processo e custo. Mas, será a mão-de-obra substituída pela tecnologia? A resposta é que provavelmente não, afirma a Archdaily.
Embora vários softwares tornem o trabalho diário dos profissionais deste setor mais precisos e as formas robóticas tornem-se mais utilizadas de forma a facilitar as tarefas na construção civil, há uma infinidade de aspetos não quantificáveis que os seres humanos trazem para o projeto, que não podem ser compensados pelos computadores.
Prova disso consta nos dados do US Bureau of Statistics que divulgam, que o número de pessoas que trabalham no setor da construção, aumentou nas últimas três décadas, e o número de modeladores permaneceu relativamente estagnada. Com isto, pode-se concluir que mesmo com os altos e baixos da suscetibilidade económica que a profissão enfrenta, a procura por empregos neste ramo está a aumentar, e a tecnologia ainda não encontrou uma maneira de substituir os profissionais.
Refere ainda a Archdaily que a Universidade de Oxford também publicou um estudo sobre quais eram as profissões com maior e menor probabilidade de se tornarem automatizadas no futuro. Verificou-se que a arquitetura tem menos de 2% de hipótese de se tornar automatizada, em comparação com outras profissões como telemarketing e representantes de seguros, que enfrentam 99% de probabilidade de serem convertidos pela tecnologia, nos próximos dez anos.
A razão pela qual o setor da construção, mais especificamente, a arquitetura não será automatizada, é devido às habilidades humanas que o trabalho requer, como reuniões com clientes, consultores e a colaboração que existe em cada projeto. Há também o aspeto sentimental, faz notar a Archdaily, que não pode ser realizado pelas máquinas.
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