Num ano forte em emoções no que diz respeito ao futebol, o mês de março foi seguramente um dos mais intensos. Além do espetáculo dentro das quatro linhas, houve muito 'jogo' fora delas e quase sempre pelos motivos menos positivos. Desde as polémicas habituais a acontecimentos inesperados e chocantes, o terceiro mês de 2018 foi marcante no panorama nacional e internacional. 

Benfica 'abalado' com a detenção de Paulo Gonçalves

O dia 6 de março ficou marcado por um acontecimento que marcou o ano do Benfica. Pela manhã, Paulo Gonçalves, então diretor do departamento jurídico dos encarnados, foi detido pela Polícia Judiciária por suspeitas de corrupção ativa, no âmbito de uma investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ e do DIAP de Lisboa.

Entretanto, mais tarde, o próprio clube da Luz viria a confirmar buscas nas instalações do Estádio da Luz. Em causa estavam acusações ao dirigente por, alegadamente, ter subornado funcionários judiciais para lhe fornecerem peças processuais do chamado 'caso dos mails', num processo então denominado 'e-Toupeira'.

Menos de uma semana depois, Luís Filipe Vieira viria a público dar um 'murro na mesa' e garantir que "a paródia instalada à conta do Benfica" se tinha acabado. "A única coisa que pedimos à justiça é que seja célere, porque depois aqueles que na realidade mancharam o nosso nome têm que ser criminalmente bem penalizados. (...) A partir deste momento, tudo e quem quer que seja que ponha em causa o nome do Sport Lisboa e Benfica iremos agir criminalmente, seja quem for, seja contra administradores, seja contra jornalistas ou contra a marca de quem quer que seja, não iremos perdoar a ninguém", referiu, na altura, o presidente das águias. 

A morte de Davide Astori que deixou o futebol em choque

Lá fora, as polémicas também se sucederam, mas o momento marcante de março teve outros contornos chocantes. Na manhã do dia 4, o o mundo do futebol 'acordou' com a triste notícia da morte súbita de Davide Astori. O capitão da Fiorentina foi encontrado sem vida no quarto de hotel em que a equipa viola estagiava antes da partida com a Udinese.

Em poucas horas, os quatro cantos do planeta uniram-se em torno de um nome. O clubismo deixou de existir e só a solidariedade prevaleceu. Uma paragem cardiorrespiratória tinha traído o central de 31 anos e deixado todos num desespero alagado de lágrimas. As homenagens multiplicaram-se e o desporto 'rei' parou para se despedir de um jogador que tinha já o seu nome gravado na história do emblema de Florença e da Squadra Azzurra - 15 internacionalizações. A Fiorentina nunca mais foi a mesma e o futebol ficou indubitavelmente mais pobre...