Preço das casas usadas acelerou mais do que o das novas no 2.º trimestre
Dados do INE, relativos ao 2.º trimestre, mostram que os preços sobem mais nas casas usadas do que nas novas.
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Casa Imobiliário
Entre abril e junho de 2022, a taxa de variação média anual dos preços das habitações existentes foi superior à observada nas habitações novas, 13% e 10,4%, respetivamente, tendo sido, em ambos os casos, a taxa mais elevada desde o início das séries do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em causa está o Índice de Preços da Habitação, divulgado na quinta-feira, aumentou 13,2% no segundo trimestre, mais 0,3 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior, atingindo um novo máximo histórico da série disponível.
A taxa de variação média anual deste índice fixou-se em 12,3% no segundo trimestre de 2022, acelerando 1,3 p.p. face ao trimestre anterior e atingindo um novo máximo da série disponível, segundo o instituto.
Entre abril e junho, foram transacionadas 43.607 habitações pelo valor de 8,3 mil milhões de euros, traduzindo aumentos de 4,5% e 19,5% face ao mesmo período do ano anterior, respetivamente.
Deste total, 87,6% (38.181 habitações) foram adquiridas no segundo trimestre por compradores pertencentes ao setor institucional das famílias, totalizando 7,2 mil milhões de euros (86,7% do total), enquanto os compradores com um domicílio fiscal fora do território nacional foram responsáveis por 6,4% do número total de transações (2.783 habitações), correspondendo a 11,9% do valor total transacionado.
Do primeiro para o segundo trimestre, o número de transações de alojamentos aumentou 0,1% (-5,1%, no trimestre anterior), tendo o crescimento no número de transações acontecido unicamente no caso das habitações novas (3,4%), enquanto nas habitações existentes se registou uma descida de -0,6%.
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