Cimpor avança com plano de descarbonização. Ministro diz que é "crucial"
Na passada sexta-feira, o Centro de Produção da Cimpor em Alhandra recebeu a visita do ministro da Economia.
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Economia Cimpor
A Cimpor tem em curso um plano estratégico de descarbonização com um investimento total previsto de 360 milhões de euros, a serem investidos nas fábricas de Alhandra, Souselas e Loulé. A estratégia mereceu os elogios do ministro da Economia, Pedro Reis, que destacou a importância da mesma "para a reindustrialização" do país.
O plano de investimento, já em curso, tem como grande objetivo atingir a neutralidade carbónica da Cimpor até 2050.
Entre os principais projetos estão a substituição de combustíveis fósseis por combustíveis derivados de resíduos e hidrogénio, num investimento de 110 milhões de euros, a instalação de mecanismos de recuperação de calor, de unidades de produção de energia elétrica com recurso a energias renováveis e sistemas de armazenamento de energia.
Só em Alhandra, por exemplo, a empresa refere que "conseguirá reduzir as suas emissões em cerca de 190 mil toneladas de CO2 por ano e poupar 16 GWh de energia anualmente enquanto aumenta a sua produção para autoconsumo, a partir de fontes renováveis, para 84GWh de energia por ano".
"Este investimento representa um marco na nossa jornada rumo à inovação e neutralidade de carbono. Através da modernização das nossas operações e da implementação de tecnologias avançadas, estamos a contribuir não só para a competitividade da Cimpor, mas também para o futuro sustentável de Portugal. A nossa parceria com o Governo e com outras entidades é fundamental para atingirmos os objetivos de descarbonização e para assegurarmos um setor industrial mais eficiente e sustentável", disse Adrianno Arantes, Chief Operations Officer na Cimpor, citado em comunicado.
Já Cevat Mert, CEO da Cimpor para Portugal e Cabo Verde, assegurou o compromisso "com o investimento em Portugal, com foco na sustentabilidade e tecnologia".
"Sublinho a importância da estrutura de investimentos governamentais, bem como os apoios e incentivos existentes, especialmente nas áreas ambiental e de sustentabilidade, mas é necessário acelerar o seu ritmo de implementação. Confiamos nos decisores políticos no que respeita à priorização deste tema e acreditamos que, em conjunto, continuaremos a fortalecer um setor cimenteiro do qual Portugal se possa orgulhar", notou.
O ministro da Economia fez questão de sublinhar o "legado gigante" da Cimpor e a importância desta estratégia num setor "que tem demonstrado uma grande capacidade de evolução e adaptação aos desafios atuais".
"O investimento estrangeiro em Portugal é muito bem-vindo e queremos continuar a incentivá-lo. Afinal, a exportação e a internacionalização são a chave para a nossa economia", disse Pedro Reis. "A neutralidade carbónica, aliada à eficiência energética, é crucial para a reindustrialização do país e está entre as prioridades máximas da nossa política económica", completou.
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