Qatar retomou contactos com Hamas no quadro das negociações sobre Gaza

O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, declarou hoje que o seu país, mediador entre Israel e o Hamas, retomou os contactos com o movimento islamita palestiniano após a morte do seu líder, Yahya Sinouar.

© Abood Abu Salama/Anadolu via Getty Images

24/10/2024 ‧ há 3 horas por Lusa

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Questionado numa conferência de imprensa sobre os contactos com o Hamas depois da morte por soldados israelitas daquele que é considerado o mentor do ataque do Hamas a Israel de 07 de outubro de 2023, o chefe do Executivo respondeu que foram retomados "os contactos com o Hamas".

 

"Houve trocas de impressões com representantes do gabinete político (do Hamas) em Doha (...) Ainda não é claro como vamos proceder" no futuro, acrescentou depois de uma reunião com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

O responsável dos Estados Unidos afirmou, por seu lado, esperar que os negociadores se reúnam nos próximos dias para tentar alcançar uma trégua em Gaza, apelando mais uma vez a Israel e ao Hamas palestiniano para que cheguem a um acordo.

"Discutimos as opções (...) e os próximos passos para fazer avançar o processo, e espero que os nossos negociadores se reúnam nos próximos dias",declarou.

Al-Thani avançou que "uma equipa de negociadores norte-americanos virá a Doha juntamente com uma equipa de negociadores israelitas e discutirão a forma de fazer avançar estas negociações".

Desde uma breve trégua, há 11 meses, durante a qual foram libertadas dezenas de reféns detidos na Faixa de Gaza, as sucessivas rondas de negociações sobre Gaza não tiveram quaisquer resultados.

No entanto, a morte de Yahya Sinouar reativou as esperanças de um reatamento das conversações, já que o líder do Hamas era considerado um obstáculo nas negociações conduzidas com a ajuda dos Estados Unidos, do Qatar e do Egito, segundo a agência France Presse.

As últimas reuniões ocorreram em agosto, no Egito e no Qatar, com base num plano apresentado no final de maio pelo Presidente norte-americano, Joe Biden.

Depois de meses a defender este plano, o chefe da diplomacia norte-americana afirmou hoje que os Estados Unidos estavam a considerar "diferentes opções" para acabar com a guerra.

"Estamos a considerar diferentes opções", afirmou. "Ainda não determinámos se o Hamas está pronto para se comprometer, mas o próximo passo é reunir os negociadores (...). Nos próximos dias saberemos certamente mais", acrescentou.

Blinken anunciou também uma ajuda suplementar de 135 milhões de dólares aos palestinianos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

Leia Também: Guterres foi à reunião dos BRICS pedir a paz em Gaza, no Líbano e na Ucrânia

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