UE saúda acordo da COP29 em Baku como "início de uma nova era"
O comissário europeu Wopke Hoekstra saudou esta noite "o início de uma nova era" para o financiamento do clima, após o acordo alcançado em Baku depois de duas semanas da conferência da ONU, a COP29.
© Sean Gallup/Getty Images
Mundo COP29
Segundo o acordo, os países desenvolvidos vão disponibilizar 300 mil milhões de dólares (cerca de 287,86 mil milhões de euros, ao câmbio atual) em financiamento climático aos países em desenvolvimento até 2035.
"Trabalhámos arduamente com todos vós para garantir que há muito mais dinheiro sobre a mesa. Estamos a triplicar o objetivo de 100 mil milhões de dólares, o que consideramos ambicioso. É necessário, é realista e é exequível", afirmou o comissário europeu responsável pelas negociações sobre o clima e representante da União Europeia (UE) na cimeira.
O acordo aprovado já domingo na capital do Azerbaijão (hora local) não deixou os países em desenvolvimento satisfeitos, que esperavam mais dinheiro para os ajudar na transição energética e fazer face às alterações climáticas.
"Não é suficientemente ambicioso", lamentou Evans Njewa, do Malawi, em nome do grupo dos Países Menos Avançados (PMA), que inclui as nações mais pobres do mundo.
"Este objetivo não é o que esperávamos após anos de discussão", afirmou na sessão plenária.
A Índia denunciou acordo, alegando que o país anfitrião, o Azerbaijão, não teve em conta as suas preocupações.
"O montante proposto para ser mobilizado é terrivelmente baixo. É uma quantia insignificante", afirmou Leela Nandan em nome da Índia durante a conferência COP29.
"A Índia opõe-se à adoção deste documento", afirmou, culpando a presidência da conferência por lhe ter negado a palavra antes da aprovação final do texto.
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