Ómicron. "Tem-se observado a emergência de algumas mutações de interesse"
Mutações observadas na linhagem BA.2 estão "associadas à resistência a anticorpos neutralizantes".
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País INSA
A linhagem BA.5 da variante Ómicron da Covid-19 é responsável por 95,4% dos casos de infeção em Portugal, segundo indicou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), no mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2, publicado na terça-feira. Na linhagem BA.2, que “tem tido uma frequência relativa continuamente decrescente”, o INSA destaca a “emergência de algumas mutações de interesse”.
De acordo com o relatório, a linhagem BA.5 “é dominante em Portugal” desde a semana de 9 a 15 de maio, e na última semana analisada, de 5 a 11 de setembro, apresentou uma “frequência relativa de 95,4%”.
Já “a linhagem BA.4 da variante Ómicron tem registado uma frequência relativa estável nas últimas amostragens semanais, representando 4,1% das sequências analisadas” nas últimas duas semanas.
Por sua vez, a linhagem BA.2 da variante Ómicron, que foi dominante em Portugal entre as de 21 a 27 de fevereiro e 9 a 15 de maio, “tem tido uma frequência relativa continuamente decrescente, registando 0,3%” nas semanas últimas duas semanas. “Tem-se observado a emergência de algumas mutações de interesse, nomeadamente mutações potencialmente associadas à resistência a anticorpos neutralizantes”, destaca o INSA.
Entre as mutações, “destaca-se a mutação adicional na posição 346 da proteína Spike, a qual tem vindo a ser detetada em diversas sublinhagens da BA.2 (p.ex., BA.2.75.2), BA.4 (p.ex., BA.4.6) e BA.5 (p.ex., BF.7), algumas destas com considerável circulação em diversos países”.
Relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal.
— Instituto Ricardo Jorge (@irj_pt) September 20, 2022
Linhagem BA.5 com frequência relativa de 95,4% na semana 36 (5-11 setembro).
Linhagem BA.4 com frequência relativa de 4,1% (semanas 35 e 36).
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Já em Portugal, “destaca-se a circulação das sublinhagens BF.7 e BA.4.6, ambas com uma frequência relativa tendencialmente crescente, registando valores de ~4% e ~2%, respetivamente, no período das semanas 35 e 36”.
Segundo o relatório, até à data, foram analisadas 41.685 sequências do genoma do SARS-CoV-2, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 307 concelhos de Portugal.
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