Web Summit: Palavras de Costa "são música" para os ouvidos
O presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, disse hoje que as palavras do Primeiro-Ministro, António Costa, "são música" para os seus ouvidos, já que são sustentadas por uma profunda compreensão pelas 'startups' e mostram um compromisso.
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"O primeiro-ministro pensou durante muito tempo sobre 'startups' e as possibilidades da tecnologia. Isso dá-me ainda uma maior confiança de que estas são realmente palavras sustentadas por uma compreensão profunda e compromisso. Isso é música para os meus ouvidos", disse Paddy Cosgrave, após uma reunião com António Costa, que decorreu hoje em Lisboa.
O presidente executivo da Web Summit, que este ano realiza-se pela primeira vez em Lisboa, em novembro, afirmou que já esteve em todo o mundo e já conheceu políticos de muitos países diferentes, admitindo "que é muito raro conhecer um político, em particular um primeiro-ministro, que entenda as 'startups'".
"Qualquer primeiro-ministro vai dizer a palavra 'startup', mas muitos poucos poderão dizer - quando era presidente da câmara, há vários anos e quando as 'startups' não eram 'sexy' - 'Envolvi-me muito de perto e comecei algo chamado Startup Lisboa'", disse.
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, também esteve presente e afirmou que Lisboa está "a iniciar um caminho verdadeiramente entusiasmante e único" e frisou que "acolher a Web Summit é uma grande aventura", mas destacou que "há um desafio maior" o de saber aproveitar "toda esta energia que vai estar com os olhos postos em Lisboa".
Questionado sobre os desafios em matéria de política fiscal para as empresas em Portugal, Medina afirmou: "A Web Summit não teria vindo para Portugal, e nem para Lisboa em particular, se não fossemos já um destino altamente competitivo".
E acrescentou: "A grande razão de escolha de Lisboa não é o sol, sol há em muitos sítios do mundo, o que não há em muitos sítios do mundo é o que temos cá, uma combinação de recursos humanos altamente qualificados, de um sistema de empresas 'startups', que estão a dar provas, de grandes infraestruturas da cidade e de muita vontade política para que este evento se realize".
Ainda assim, admitiu que há muitas matérias que podem "melhorar a atratividade de Portugal como espaço para a localização de 'startups', de investigadores e engenheiros e muitas coisas para reduzir esses custos de contexto".
Paddy Cosgrave também foi questionado sobre eventuais entraves fiscais, afirmando que em novembro essas questões serão discutidas não só nas ruas do Bairro Alto, mas também no palco", mas fez questão de dizer que "há algo a funcionar claramente em Portugal" e que "esse é o ponto de partida para qualquer discussão".
"Muita coisa boa está a acontecer e independentemente das decisões políticas que serão feitas, temos de ter consciência de algo está a correr mesmo, mesmo muito bem", disse.
Aproveitou ainda a ocasião para realçar que ter presidentes executivos das empresas mais disruptivas do mundo em Lisboa "é uma oportunidade incrível" para a cidade e o país e "para o mundo ver que Portugal tem uma história diferente da narrativa dos últimos anos".
"Portugal emerge de um período difícil, a história é muito diferente e muito positiva e muito relacionada com a tecnologia", afirmou.
Lisboa deverá acolher em novembro na Web Summit mais de 50 mil pessoas de mais de 100 países de todo o mundo, ao longo de três dias, entre elas entidades como 'Startups', investigadores, fundos de investimento e capital de risco de todo o mundo e mil jornalistas dos principais órgãos de comunicação mundiais em simultâneo.
Lisboa vai acolher a Web Summit nos próximos três anos, substituindo Dublin, havendo ainda a possibilidade de ser a capital da economia 'web' e da tecnologia por mais dois outros anos, até 2020.
O contrato para a realização do evento entre o Turismo de Portugal, o Turismo de Lisboa e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), prevê ainda um financiamento conjunto de 1,3 milhões de euros.
O anterior Governo, liderado por Pedro Passos Coelho, estimou que o retorno financeiro do evento poderá alcançar os 175 milhões de euros em 2016.
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