Protestos em França podem deixar Cannes (e não só) às escuras
Trabalhadores do setor da energia prometem causar transtornos durante o festival de cinema, bem como durante o Grande Prémio do Mónaco de F1 e do Open francês de ténis.
© Reuters
Cultura Cannes
"Macron prometeu 100 dias para acalmar, nós prometemos 100 dias de ação e raiva! Não é hora de renúncias", disse o braço da sindical francesa CGT ligado ao setor da energia, num comunicado, em resposta à polémica sobre a aprovação das reformas à lei das pensões no país.
"Em maio, façam o que quiserem. O Festival de Cinema de Cannes, o Grande Prémio de Mónaco, o Open de França, o festival de Avignon... podem estar no escuro. Não vamos desistir", prometeu a Federação Nacional de Minas e Energia francesa.
O braço sindical reuniu na passada sexta-feira, resultando "em posições que foram firmes, unânimes e que chamavam para a ofensiva".
À BFM TV, o secretário-geral do sindicato da energia disse que a ideia não é "evitar que estes eventos aconteçam", mas sim ter uma plataforma para protestar. "Mostrar que não se está a virar a página e que a raiva ainda está presente" é o mote dos sindicalistas, assegurando que no festival de Cannes haverá quem apoie o protesto.
Na semana passada, Macron tentou acalmar os ânimos em torno do aumento da idade da reforma para 64 anos, assegurando que virão 100 dias de medidas concretas para melhorar a saúde, a educação, o emprego e o poder de compra das famílias francesas, até o Dia da Bastilha, principal feriado nacional francês, a 14 de julho.
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