Meteorologia

  • 24 NOVEMBER 2024
Tempo
20º
MIN 16º MÁX 22º

Quinta Mostra de Cinema da América Latina exibe 17 filmes

Dezassete filmes integram a programação da quinta edição da Mostra de Cinema da América Latina (MCAL), a decorrer em dezembro, janeiro e fevereiro, em Lisboa e no Porto, e divulgada hoje em Lisboa.

Quinta Mostra de Cinema da América Latina exibe 17 filmes
Notícias ao Minuto

20:30 - 24/11/14 por Lusa

Cultura Lisboa e Porto

Organizada pela Casa da América Latina, a mostra - que decorre de 10 a 14 de janeiro, no Cinema S. Jorge, em Lisboa, e de 30 de janeiro a 01 de fevereiro de 2015, na Casa das Artes, no Porto - reparte-se em três seções: "Horizontes", "Novos Caminhos" e "Eduardo Coutinho: Uma retrospetiva", incluindo as duas primeiras curtas e longas-metragens de nove países.

A homenagem ao documentarista brasileiro Eduardo Coutinho, falecido este ano, conta a exibição de três filmes da sua autoria, entre os quais "As canções", o último filme do realizador de "Cabra marcado para morrer", distinguido em Berlim.

A coordenadora de programação da Casa da América Latina (CAL), Maria Xavier, revelou que a diversidade, a qualidade e a "inclusividade" foram fatores determinantes na escolha dos filmes do certame.

"Relatos Salvajes", "The voice thief", "La jaula de oro", "As canções" e "Eduardo Coutinho, 7 de outubro" foram os filmes destacados por Maria Xavier.

Na conferência de imprensa de apresentação do certame, a secretária-geral da CAL, Manuela Júdice, explicou que a mostra se estende este ano ao Porto, graças à candidatura bem sucedida do projeto a fundos comunitários através do Alto Comissariado para as Migrações.

"Relatos Selvajes", realizado por Damián Szifrón e produzido por Pedro Almodóvar - que fez parte da seleção oficial de Cannes 2014 -, abre o festival, no dia 10, às 21:30. Um dia depois será exibida a curta-metragem "E + Edifício Master", realizado por Eduardo Coutinho em 2002, premiado no Festival do Gramado.

No dia 12 serão exibidos "Jogo de cena", de Eduardo Coutinho, e a curta surrealista "The voice thief", de Adán Jodorowsky, e a longa-metragem "Las Analfabetas", premiada no Festival de Gramado, no Festival Internacional de Cinema de Santiago do Chile, no Festival Internacional de Mar del Plata, na Argentina, e no Festival Ibero-Americano de Huelva, em Espanha.

"La Demora", de Rodrigo Plá, "Solecito" e "Los Hongos", do colombiano Oscar Ruiz Navia, a curta cubano-australiana "Los Pantalones Rotos" e o último filme de Eduardo Coutinho, "As Canções", fazem o programa do dia 13.

A 14, podem ser vistos "A Jaula de Ouro", premiado na secção Un Certain Regard, em Cannes, o documentário "Eduardo Coutinho, 7 de Outubro", de Carlos Nader, e "Azul y no tan Rosa", um filme de Miguel Ferrari, que encerrará a Mostra de Cinema da América Latina, em Lisboa.

No Porto serão exibidos "E + Edifício Master", a 30 de janeiro, e, um dia depois, "Ricchieri", "Azul y no tan Rosa", "The Voice Thief", "Las Analfabetas", "Los Pantalones Rotos" e "As Canções".

A 01 de fevereiro serão apresentados "A Jaula de Ouro", "Eduardo Coutinho, 7 de Outubro" e "Relatos Salvajes", filme que marca o encerramento da mostra, no Porto.

O cineasta brasileiro Eduardo Coutinho, protagonista do cinema documental brasileiro, foi assassinado em fevereiro deste ano, no Rio de Janeiro. O seu filho, que padecia de esquizofrenia, seria detido, no âmbito das investigações.

Coutinho foi convidado, em 2013, para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, por ter criado uma nova linguagem no cinema documental.

Em 2007, foi distinguido no Festival de Cinema de Gramado, pelo conjunto da obra cinematográfica. "Moscow" (2009), "Playing" (2007) e "O Fim e o Princípio" (2005) contam-se entre as últimas obras do realizador.

"Cabra Marcado para Morrer", documentário sobre um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962, teve as filmagens proibidas pela ditadura militar em 1964, mas seria retomado vinte anos mais tarde.

O documentário recebeu o Golfinho de Ouro, da primeira edição do Festival Internacional de Troia (Festroia) e o Prémio da Crítica do Festival de Berlim, em 1985.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório