Os lances polémicos da 17ª jornada foram tema em destaque no programa 'Raio X Sporting', da Sporting TV, onde Miguel Braga, diretor de comunicação do Sporting, teceu várias críticas aos árbitros dos jogos de Benfica e FC Porto.

Miguel Braga aproveitou para questionar os critérios aplicados nos encontros dos três "grandes" em situações que considera semelhantes: a expulsão de Daniel Bragança, no Santa Clara-Sporting, os lances que envolveram Otamendi e Everton com Denilson no Benfica-Paços de Ferreira e ainda uma abordagem de Mbemba no Estoril-FC Porto. 

"Não pode existir dualidade de critérios em jogos diferentes. Ora, no jogo do Benfica vimos uma dualidade de critérios com o mesmo árbitro, no mesmo jogo, na mesma parte. Foi tudo nos mesmos 45 minutos, três lances com três critérios diferentes. E, se compararmos com o lance do Daniel Bragança, faz ainda mais confusão. Um árbitro não pode ter uma atitude à sexta-feira, outra ao sábado e outra ao domingo. Isto não faz bem ao futebol. E foi isso que vimos no jogo do Benfica. Se o lance do ‘Cebolinha’ e o do Otamendi são vistos como lances casuais, faz-me muita confusão que o do Paços de Ferreira seja visto como expulsão", atirou em relação ao duelo do Benfica.

"Naquela entrada do Mbemba não houve sequer amarelo e no lance do Daniel Bragança houve expulsão. São ambos pisões… É uma boa discussão. Os vários players do futebol deveriam falar sobre isto abertamente com a arbitragem para se perceber que não podemos diabolizar certos lances e a expulsar jogadores por dá cá aquela palha. Tem sido muito normal as equipas não acabarem com onze o que, em si mesmo, é anormal", continuou.

Ainda acerca do jogo do FC Porto na Amoreira, Miguel Braga alertou ainda para o lance mais caricato do encontro a penalizar o Estoril: "O golo que daria o 3-1 é anulado por uma faltinha. É no mínimo perigoso começarmos a marcar as faltinhas que existem ao longo de um jogo. Vamos ficar atentos e ver como é que o Pepe e o Fábio Cardoso defendem nos cantos do FC Porto, por exemplo. Será que vamos passar a marcar as faltinhas todas? Parece-me um total disparate", observou.

"Acabarmos a primeira volta com estes casos, com expulsões, critérios diferentes, golos limpos anulados…  Já custa olhar para a verdade desportiva e para a verdade da classificação. E se pensarmos nos jogos contra nove e coisas do género, que já aconteceram nesta primeira volta, interrogámo-nos onde estará essa verdade ou, pelo menos, onde estarão as pessoas que lutam por essa verdade desportiva, que fazem falta especialmente ao futebol português", concluiu Miguel Braga.