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Veríssimo e o adeus à "cadeira de sonho": "A porta vai voltar a abrir-se"

As águias terminam o campeonato a jogar em Paços de Ferreira.

Veríssimo e o adeus à "cadeira de sonho": "A porta vai voltar a abrir-se"
Notícias ao Minuto

14:56 - 12/05/22 por Notícias ao Minuto

Desporto Nélson Veríssimo

Paços de Ferreira e Benfica defrontam-se, esta sexta-feira, a partir das 20h15, no Estádio Capital do Móvel, para a 34.ª e última jornada do campeonato.

Um jogo já sem objetivos para ambos os conjuntos, uma vez que os castores já não tem possibilidades matemáticas de alcançar lugares europeus e as águias têm o terceiro lugar 'trancado'.

Nélson Veríssimo fez, hoje a última antevisão como treinador do Benfica, numa conferência pautada por um balanço de época.

Análise ao encontro diante do Paços: Esperamos fazer um bom jogo e terminar com uma vitória. Pelo facto das duas equipas já terem a situação definida, não desvaloriza a importância deste encontro. O Paços está num momento muito bom, desde que o César chegou. Sabemos que vai ser um jogo difícil e temos de o encarar como se fosse o primeiro jogo da época. Terminar a época da melhor forma seria vencer este encontro.

Balanço à frente do Benfica: Há momentos mais marcantes do que outros. Fizemos de tudo para conseguir outro tipo de resultados, mas não conseguimos. Não conquistámos qualquer título, por isso é uma época má nesse sentido, mas importa também olhar para o copo meio cheio e ver que esta equipa também fez coisas interessantes, como por exemplo o percurso na Liga dos Campeões. A equipa com todo o mérito foi passando as eliminatórias. Recordo-me que quando calhou o Ajax, à semelhança de Liverpool e Sporting, é que o resultado já estava feito e nós provámos que assim não era. A equipa deu respostas muito positivas e demos uma boa imagem na Champions. A nível interno o objetivo era ser campeão, não conseguimos, o objetivo, a seguir a esse, era terminar em segundo mas também não conseguimos. Por isso, podemos falar em falhanço, mas também sucederam coisas positivas e houve vários jogadores que cresceram. O Darwin, o Weigl, o Everton,… Gonçalo Ramos e Paulo Bernardo tiveram maior volume competitivo. Abrimos portas a outros jovens como o Henrique Araújo,… não se conquistou nenhum título, mas ocorreu uma série de coisas positivas.

Custa-lhe deixar o cargo de treinador do Benfica? Nós ainda temos um jogo para fazer e não quero tirar o foco do jogo de amanhã, em que queremos terminar com uma vitória. O futuro é algo que não me preocupa, só estou focado no Paços. Mesmo assim, gostaria de dar uma palavra de agradecimento ao presidente, ao staff, aos jogadores pelo seu profissionalismo. Sabemos que nem sempre correspondemos aos adeptos, afinal eles querem ganhar sempre, mas nem sempre isso foi possível. As coisas são como são. Recordo-me das deslocações a Amesterdão, a Liverpool e a Alvalade, onde sempre se viu uma enorme comunhão entre clube e adeptos. O futuro certamente será risonho e de oportunidade para os jovens jogadores. É a segunda vez que esta porta se abriu para mim, em circunstâncias não muito fáceis, mas acredito que se irá voltar a abrir noutro contexto e noutro momento. Esta porta vai voltar a abrir-se e permite-me-à trabalhar noutro tipo de contexto. Não é fácil fazer alterações quando o campeonato já está a decorrer, por isso era normal a equipa não dar uma resposta tão válida num momento tão inicial, mas os jogadores quase sempre foram correspondendo.

Sai satisfeito pelo trabalho que fez no Benfica? Essa não era a minha preocupação. Parte-se de um princípio errado quando se chega a a uma equipa. Quando se chega a esta missão, o importante não é o que tu vais receber dela, mas o que tu podes contribuir para a mesma. Esta missão começou num período difícil e sabíamos que ía ser difícil. Não concretizámos o nosso trabalho em títulos, mas tudo fizemos para acabar de forma bem sucedida.

Que Benfica vamos ter amanhã e se podemos ter jogadores da equipa B amanhã? Bom, acima de tudo, um Benfica à procura de ganhar. Uma vez que é o último jogo da Liga, e com a situação já definida, e tendo em conta também castigos e lesões, vão haver alterações e a entrada na convocatória jogadores da equipa B que ainda não tiveram na A.  Se a memória não me falha, Martim Neto e Diego Moreira, regressam o Sandro Cruz e o Tiago Gouveia, o Tomás Araújo já faz parte do plantel da equipa A. E isto não quer dizer que o talento ou a qualidade se esgote nestes jogadores. Ao longo deste percurso tivemos oportunidade de trabalhar com vários jogadores, que integraram a convocatória. Não quer dizer que por estarem estes, não significa que não haja qualidade noutros jogadores. É uma questão de oportunidade. Alguns podem jogar de início ou entrar no decorrer do jogo.

Paços de Ferreira e Benfica defrontam-se, esta sexta-feira, a partir das 20h15, no Estádio Capital do Móvel, para a 34.ª e última jornada do campeonato.

Um jogo já sem objetivos para ambos os conjuntos, uma vez que os castores já não tem possibilidades matemáticas de alcançar lugares europeus e as águias têm o terceiro lugar 'trancado'.

A partir das 14h30, Nélson Veríssimo fará a última antevisão como treinador do Benfica, sendo posteriormente substituído no cargo pelo alemão Roger Schmidt.

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