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"Último jogo pelo FC Porto? Passou-me pela cabeça. Quem decide sou eu"

Sérgio Conceição admitiu ter pensado na saída do FC Porto, em conferência de imprensa, neste sábado, na antevisão à final da Taça de Portugal.

"Último jogo pelo FC Porto? Passou-me pela cabeça. Quem decide sou eu"
Notícias ao Minuto

20:15 - 25/05/24 por Notícias ao Minuto

Desporto Sérgio Conceição

Com uma época (ainda) em branco e uma mudança na direção do FC Porto, Sérgio Conceição admite ter pensado na saída. A revelação foi feita em conferência de imprensa, neste sábado, em antevisão à final da Taça de Portugal. 

"Para ser sincero, passou [pela cabeça essa hipótese]. Mais importante é o jogo da Taça. Sobre o meu futuro, não está dependente de nenhuma conversa. Quem decide o meu futuro sou eu, ponto. Se o meu futuro for sair do FC Porto, é com um sentimento de imensa gratidão e de dever cumprido. O meu sentimento é de que estive à altura da exigência do FC Porto a que fui habituado. Quando o meu pai me deixou, com 15 anos, à frente do Estádio das Antas... Naquele momento, tive a sensação de que tudo era imenso, eu nunca tinha saído da minha aldeia. Entrar numa cidade como o Porto e estar à frente de um estádio como aquele foi inacreditável. O sentimento que tenho hoje é exatamente esse, de dever cumprido, se tiver que sair, porque sou eu que vou decidir", começou por dizer Sérgio. 

Depois, fez uma retrospectiva do seu trabalho ao leme do clube. "O FC Porto voltou, nestes sete anos, a ter a hegemonia do futebol português, porque teve quatro anos sem ganhar nada antes de eu chegar aqui. Em três anos de fair-play financeiro, dois de pandemia e este muito atribulado, com as eleições, conseguimos ganhar tantos títulos como os nossos dois rivais. Sempre digo que, no FC Porto, o contrato não faz o treinador ou o jogador. Se o meu caminho e o do FC Porto se bifurcar, saio com a mesma dignidade com que entrei", garantiu.  

Abordou ainda a questão do salário restante, já que renovou pelo clube no início de maio. "Se amanhã for o meu último jogo, o FC Porto paga-me o dia de amanhã e vou-me embora sem nada. Isto fez muita comichão a muita gente. Vou embora sem levar um tostão, pagam-me até ao dia em que trabalhar, com a mesma dignidade com que entrei. Foi muito falada a minha assinatura dois dias antes das eleições. Foi fácil, porque há uma caraterística de que não abdico, que é a gratidão e o respeito pela pessoal que tem mil e tal títulos pelo clube e por aquela que me trouxe para aqui, com 15 anos. A partir desse momento, os nossos caminhos dividem-se e não quero nem um tostão do FC Porto", finalizou.

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