Conor McGregor recorreu, na madrugada de domingo para segunda-feira, às redes sociais para tornar pública a decisão de retirar a candidatura à presidência da República Irlanda, seis meses depois de ter a formalizar a mesma, em protesto com a assinatura do Pacto sobre Migrações e Asilo da União Europeia.
"Esta não foi uma decisão fácil, mas é a mais indicada, neste momento. Apesar de não me apresentar a estas eleições, o meu compromisso com a Irlanda não fica por aqui. Vou continuar a servir o meu povo usando a minha plataforma internacional para promover os interesses irlandeses no estrangeiro, para fortalecer as nossas oportunidades económicas e para lutar pela transparência e pela responsabilidade na vida pública, em casa", começou por escrever.
"Esta campanha provocou uma importante conversa sobre a democracia, na Irlanda, sobre quem tem a oportunidade de se candidatar, sobre quem tem a oportunidade de escolher e sobre como podemos garantir que a presidência pertence, verdadeiramente, ao povo. Essa conversa não vai terminar com a minha retirada. A onda de mudança começou e não pode ser revertida", prosseguiu.
"Foi a minha primeira aventura na política, e, apesar de ter optado por retirar-me, esta ronda, foram feitos progressos significativos. Quero garantir ao povo da Irlanda que estas não vão ser as minhas últimas eleições. Vocês irão ver-me a escrutinar, uma vez mais, no futuro, a lutar pelos vossos direitos e a representar os melhores interesses da nossa nação", completou.
A terminar, o lutador de MMA deixou uma certeza: "Isto não é o fim, mas sim o início da minha jornada política. Sou guiado por um compromisso para melhorar vidas, defender direitos e servir o povo irlandês com dedicação e integridade. Irei continuar a servir o meu povo no palco global, trabalhando pelos melhores interesses da Irlanda, social e economicamente. Disso não há dúvida. Isto é uma maratona. Não é uma corrida".
"Um movimento muito visível e vocal dos patriotas irlandeses"
Conor McGregor aproveitou, ainda, a ocasião para enumerar o trabalho que o próprio levou a cabo, ao longo dos últimos meses: "Viajei para Nova Iorque, na passada quarta-feira, uma casa para muitos irlandeses que seguiram os seus sonhos, em busca da felicidade, para comemorar devidamente os trágicos ataques terroristas do 11 de Setembro e discutir as minhas aspirações para a Irlanda com a administração norte-americana".
"Permaneço na América e irei marcar presença em iminentes e inesperadas reuniões que irão traduzir-se em empregos irlandeses. A Irlanda mudou drasticamente, nos últimos anos. No entanto, está restringida pelo casaco de forças de uma constituição ultrapassada, que é mantida de forma seletiva pelos principais partidos da Oireachtas, e explorada para impedir que seja realizada uma eleição presidencial verdadeiramente democrática, mas, ao invés, montada para garantir que apenas os candidatos aprovados pelo sistema podem ser selecionados nos boletins de votos", acrescenta.
"Este défice democrático contra a vontade do povo irlandês foi, agora, ampliado com sucesso pela minha manifestação de interesse. Num período de tempo muito curto, catalisei uma mobilização para mudanças positivas na Irlanda, contra uma maléfica caça às bruxas política trabalhada em conjunto com as notícias falsas criadas pelos meio de comunicação principais. Agora, existe um movimento muito visível e vocal dos patriotas irlandeses, com o objetivo de reverter as nossas origens culturais e históricas, em busca de manter e proteger o nosso estilo de vida enquanto irlandês", rematou.
Muintir na hÉireann, a chairde Ghaeil,
— Conor McGregor (@TheNotoriousMMA) September 15, 2025
I recently announced my sincere and genuine intentions of running for the office of Uachtaráin na hÉireann.
I am a very passionate Gael and take great pride in our Country.
I have demonstrated this fighting Irish spirit on a world stage…
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