A aventura de Ruben Amorim no Manchester United está a passar por um dos períodos mais conturbados desde a sua chegada a Old Trafford, no passado mês de novembro. O mau arranque na nova edição da Premier League, o pior da história do Manchester United desde 1992/93, deixou o treinador português no 'fio da navalha' e a direção do clube inglês já terá mesmo estabelecido um prazo para decidir se despede ou não Amorim.
Os relatos vindos de Inglaterra falam mesmo de um ultimato recebido pelo antigo técnico do Sporting que terá, ao que tudo indica, de reconquistar a confiança dos dirigentes do United nos próximos três jogos.
Ao mesmo tempo, a direção do clube inglês vai ponderando alguns possíveis sucessores e tem já na lista cinco nomes fortes, conforme avançou o Mirror na quarta-feira. O maior destaque vai para a presença de Marco Silva, que já havia sido associado ao Manchester United logo após a derrota no último domingo, frente ao rival Manchester City.
O treinador português do Fulham tem já uma larga experiência na Premier League e o seu perfil é altamente apreciado em Old Trafford. O facto de ter orientado, até agora, clubes do meio da tabela é aliás visto como uma das grandes vantagens da sua eventual contratação.
Marco Silva é visto, segundo o mesmo jornal, como um treinador pragmático que não tem medo de adaptar a sua estrutura tática aos adversários, mas pensando num projeto a longo prazo pode ser um entrave.
Na mesma lista estão, ainda, nomes como o de Mauricio Pochettino, atual selecionador dos Estados Unidos da América que já esteve em Inglaterra, tendo orientado Tottenham, Chelsea e Southampton. No entanto, a passagem pouco bem-sucedida pelo PSG é encarada como um sintoma que poderá não estar à altura de um projeto como o do Manchester United.
Sobram, ainda, três candidatos com perfis distintos. Oliver Glasner, treinador austríaco do Crystal Palace, tem tido um percurso em crescendo nos eagles, com a conquista de títulos, mas tal como Amorim também é adepto de um sistema de três centrais que tantas críticas tem gerado ao treinador português.
Michael Carrick, atualmente no Middlesbrough, é outra das opções em cima da mesa e conta com a vantagem de ter sido jogador do clube na fase de maior glória com Sir Alex Ferguson ao comando. Carrick foi, aliás, treinador interino na passagem de testemunho entre José Mourinho e Ole Gunnar Solskjaer, mas o salto direto do Middlesbrough, que alinha no segundo escalão, para o Manchester United parece ser demasiado arriscado.
Resta o nome de Gareth Southgate, antigo selecionador inglês que está sem clube desde que deixou o cargo no verão de 2024. A experiência como selecionador nacional garante um conhecimento extra, mas a nível de clubes apenas treinou o Middlesbrough e tal aconteceu em... 2009.
Amorim à prova
Para já, e apesar de estar a estudar alternativas, a cúpula do Manchester United vai manter Ruben Amorim no comando do clube até à nova paragem internacional para os compromissos das seleções. Até lá, o treinador luso de 40 anos tem três jogos para remediar o mau arranque no campeonato, pese embora os adversários sejam tudo menos acessíveis.
Já no próximo domingo, o United recebe o Chelsea em casa e é preciso recuar até 2013 (!) para encontrar a última vitória caseira dos red devils diante dos azuis de Londres.
Seguir-se-á uma deslocação ao reduto do Burnley no dia 27 de setembro, antes da receção ao Sunderland, no dia 4 de outubro, naquele que será o teste teoricamente menos complexo neste ciclo decisivo para Amorim.
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