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"Em Inglaterra as pessoas pensam o futebol de forma diferente"

O atleta do Southampton, em entrevista ao jornal A Bola, fala sobre a conquista do Euro e sobre a experiência em terras de sua majestade.

"Em Inglaterra as pessoas pensam o futebol de forma diferente"
Notícias ao Minuto

10:25 - 24/12/16 por Notícias Ao Minuto

Desporto Cédric Soares

É em clima ameno, com as chuteiras apenas no pensamento, que Cédric Soares, antigo atleta do Sporting e agora a jogar no Southampton lança um olhar retrospetivo à sua presença no Europeu de futebol.

Em registo intimista, o atleta de 25 anos fala ainda sobre a experiência na Premier League, dizendo que a realidade é bastante diferente da portuguesa.

Lembrando a festa da conquista do título europeu, Cédric não se furta a falar sobre questões de balneário, salientando o grande profissionalismo de todos os atletas que marcaram presença em França.

“Premier League? Muda tudo…. Todos os clubes têm um enorme poder de compra e são competitivos. A Liga é fantástica, porque o último classificado pode facilmente vencer o primeiro. Todos os fins de semana há equipas grandes que perdem pontos, o que torna o campeonato espetacular”, começa por referir.

“Mas não é só por isso [que a realidade é diferente da portuguesa]. Há problemas que existem em Portugal que aqui não se veem. As pessoas pensam o futebol de uma forma diferente, pois é um grande investimento do país”, atira o lateral luso.

“[Momento mais especial após a conquista do Euro?] Há um que é quando estamos a sair do aeroporto e não temos noção de que Portugal parou. Todas as estradas por onde passámos estavam cortadas e as pessoas estavam fora do carro a acenar. É uma imagem que fica”, lembrou. “Chegar à Alameda foi uma coisa incrível… Era tanta gente que não via uma pontinha de chão.

“Luta com Vieirinha? É meu adversário direto na Seleção, mas sempre tivemos uma excelente relação. (…) Sabíamos que todos iam ser importante e, por isso, é que nunca ninguém atirou a toalha ao chão”, começou por referir sobre a conquista da posição de lateral-direito.

“Houve uma forte mentalidade que nos uniu desde o início. Eu fui importante, tal como o Vieira. O que mais tirei daquele estágio foi o grande profissionalismo de todos. Mesmo os que não participaram ou jogaram menos treinavam-se como se estivessem a jogar e isso foi determinante”, finalizou em tom elogioso.

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