Maioria das empresas de audiovisuais espera aumentar volume de negócios
A maioria das empresas de audiovisuais portuguesas esperam crescer em volume de negócios internacional nos próximos 12 meses de acordo com um trabalho da EY em parceria com a APIT - Associação de Produtores Independentes de Televisão.
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Economia Negócios
Segundo o Anuário do Setor da Produção Audiovisual em Portugal, "questionadas sobre o futuro próximo, 20% das empresas espera que o aumento do consumo em multiplataforma tenha impacto positivo na sua atividade e 56% considera que a inovação de produto ou formato, e as parcerias, são cruciais na sua estratégia. Grande parte das empresas (70%) espera aumentar o volume de negócios internacional nos próximos 12 meses".
O anuário traça o panorama do setor, referindo que, "em Portugal, mais de metade do volume de negócios do setor audiovisual gerado em 2017 resultou da atividade de produtores independentes. Destes produtores independentes, cerca de 80% dedica-se maioritariamente à produção de obras transmitidas em televisão, sendo que 94% do volume de negócios é gerado por produtores independentes de televisão associados da APIT".
Em relação a 2013, as empresas associadas da APIT viram aumentar o número de trabalhadores no setor em 15% (para 458), face a 2017, o volume de negócios em 5,2% (97 milhões de euros) e as exportações em 15,4% (4,5 milhões de euros), apesar de o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ter registado uma queda de 3,2% (7,6 milhões de euros).
Por outro lado, de acordo com o estudo, o setor na sua globalidade fatura 355 milhões de euros e conta com 1.911 empresas que dão trabalho a 3.719 pessoas.
O estudo aponta ainda para o baixo peso da produção audiovisual nacional no panorama europeu.
"Segundo dados do último ano disponível do Eurostat (2016), o volume de negócios das empresas portuguesas cuja atividade principal é a 'produção de filmes, de vídeos e de programas de televisão' foi de 0,8% do total da UE28, resultado explicado pela pequena dimensão do mercado doméstico e pela reduzida internacionalização da produção nacional".
Ainda assim, Portugal "é o país europeu onde o número de horas de produção de ficção é mais elevado", mesmo tendo em conta o baixo valor dos apoios ao setor e que em 2017 atingiram 3,3 milhões de euros, tendo sido concedidos pelo ICA - Instituto do Cinema e Audiovisual.
"Atendendo à procura verificada (15,8 milhões de euros), as necessidades do setor estão longe de ser satisfeitas", lê-se no documento.
Os produtores estão otimistas para 2019, nomeadamente graças à procura internacional potenciada por plataformas como a Netflix e a Amazon, que adquirem muitos conteúdos 'premium', incluindo produções locais, segundo o anuário.
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