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MNE defende baixa do limiar mínimo do BAD

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Augusto Santos Silva, apelou hoje à direção do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para baixar o limiar mínimo dos seus financiamentos de modo a tornar o Compacto Lusófono "totalmente produtivo".

MNE defende baixa do limiar mínimo do BAD
Notícias ao Minuto

23:40 - 29/05/19 por Lusa

Economia Financiamento

"Nas operações normais do Banco Africano de Desenvolvimento, para que os projetos sejam financiáveis, eles têm de ter um valor de pelo menos 30 milhões de euros, e eu acho que esse é um valor é demasiado alto quando nós falamos de economias como a moçambicana, a cabo-verdiana, a guineense, a são-tomense e mesmo a angolana", disse à Lusa o chefe da diplomacia portuguesa, no dia em que se reuniu com a direção do BAD na sede da instituição, em Abidjan, Costa do Marfim.

"Estive a explicar à direção do banco que, na minha opinião, esse limiar mínimo devia ser baixado", explicou o ministro, referindo que o banco "disse que ia examinar essa questão na próxima reunião do seu conselho de administração".

O MNE português considera que a redução deste limiar representa "uma pequena alteração" que permite que o Compacto Lusófono seja "totalmente produtivo".

O Compacto Lusófono, para o qual o Governo português acautelou 400 milhões de euros, pretende promover 65 projetos em Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe durante este ano.

Durante a sua visita ao BAD, Augusto Santos Silva ofereceu, através do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, um curso de língua portuguesa para funcionários da instituição, proposta que diz ter sido "muito bem recebida".

"O português é uma das línguas mais faladas em África. Aliás, juntamente com o inglês, o francês e o árabe, é uma das quatro línguas da União Africana. E, portanto, é muito importante que o Banco Africano de Desenvolvimento tenha pessoas com competências em português", disse.

"O que nós vamos fazer é oferecer um curso especificamente formatado para melhorar as competências de funcionários do Banco Africano para o Desenvolvimento", precisou o ministro, indicando que, além dos 17 trabalhadores portugueses no BAD, "há outros funcionários não portugueses que querem melhorar a sua proficiência na língua portuguesa".

Além da reunião com dirigentes e altos quadros do BAD, Augusto Santos Silva dedicou ainda o segundo e último dia da sua visita oficial à Costa do Marfim, para "contactar com a comunidade portuguesa" no país - "sobretudo formada por quadros e trabalhadores expatriados" - e com empresas e empresários portugueses que estão a investir no país.

Durante a manhã, o ministro visitou as instalações do centro de tratamentos de resíduos urbanos de Yopougon, gerido pela empresa portuguesa Mota-Engil, e instalações em que a Ferpinta está "a construir uma nova unidade de produção metalúrgica".

No final do dia, Augusto Santos Silva reuniu com a comunidade portuguesa no país.

"A comunidade é muito interessante porque exemplifica bem estas novas vagas de mobilidade, sobretudo de jovens profissionais", referiu o MNE, sublinhando também a presença de "quadros quase intermédios ou superiores, que já estão muito habituados a desempenhar as suas tarefas profissionais um pouco por todo o mundo."

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