A instituição explicou que o projeto permitirá reforçar as ligações rodoviárias a zonas de produção de café e de destinos turísticos, incluindo nas imediações do Monte Ramelau, o mais alto de Timor-Leste e um dos locais mais visitados no país.

O projeto de 44,3 quilómetros insere-se no programa de estradas do Banco Mundial para Timor-Leste e permitirá ligar, a sul da capital, as localidades de Gleno e Letefoho, zonas de grande produção de café, à vila de Hatubuilico, principal ponto de acesso ao Monte Ramelau.

Uma segunda fase do projeto ligará essas vias ao corredor rodoviário Díli-Ainaro concluído, "melhorando drasticamente o acesso e a segurança nas estradas para turistas, agricultores e produtores de café", referiu o Banco Mundial.

"Este é o segundo grande projeto de infraestrutura de transporte do Banco Mundial em Timor-Leste e o primeiro grande projeto a ser anunciado como parte de nosso novo Quadro de Parceria para Timor-Leste 2020-2024", disse o representante do Banco Mundial em Díli, Macmillan Anyanwu.

"Este investimento terá impactos positivos em vários setores, especialmente para o turismo e os cafeicultores, e é um passo importante para aumentar a produtividade através de uma infraestrutura de conexão melhorada", referiu.

A obra de reabilitação vai ser implementada pelo Ministério das Obras Públicas e financiado com um crédito concessionário da Associação Internacional de Desenvolvimento do Banco Mundial.

O Governo de Timor-Leste também contribuirá com 11,8 milhões de dólares (10,72 milhões de euros) para o projeto que deverá começar em setembro de 2020 e estar concluído até dezembro de 2023.

Recorde-se que a direção do Banco Mundial aprovou esta semana o novo Quadro de Parceria (CPF) 2020-2024 do Banco Mundial para Timor-Leste, centrado no crescimento económico, infraestruturas e capital humano.

Fonte oficial da instituição explicou à Lusa que o pacote total de assistência ascende a cerca de 100 milhões de dólares (90,8 milhões de euros) em empréstimos concessionados.

Desse valor, 60 milhões de dólares (54,48 milhões de euros) para estradas, 25 milhões de dólares (22,7 milhões de euros) para água e saneamento e 15 milhões de dólares (13,6 milhões de euros) para educação.

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