Câmara de Lisboa recebeu 3.359 candidaturas a apoio a fundo perdido
A Câmara de Lisboa recebeu 3.359 candidaturas ao programa de apoio a fundo perdido às empresas, das quais 2.542 foram pré-aprovadas ou estão em fase de pagamento, avançou hoje o vereador da Economia e Inovação.
© iStock
Economia Programa
Miguel Gaspar falava na Comissão Permanente de Economia, Turismo, Inovação e Internacionalização da Assembleia Municipal de Lisboa no âmbito de uma audição sobre o acompanhamento da situação económica da cidade.
De acordo com a informação apresentada pelo vereador aos deputados, das 3.359 candidaturas apresentadas até ao momento, 2.542 estão pré-aprovadas ou para pagamento, 431 aguardam documentação e 228 candidaturas foram indeferidas.
O documento indica que o valor global reservado é 16,8 milhões de euros, sendo que 13,8 milhões estão pré-aprovados ou para pagamento.
Estes apoios a fundo perdido, entre quatro e 10 mil euros, destinam-se aos empresários com quebra de faturação superior a 25% nos três primeiros trimestres do ano passado ou na totalidade dos trimestres.
O município, presidido por Fernando Medina (PS), anunciou no final do ano passado uma primeira fase, orçada em 20 milhões de euros, tendo referido depois em janeiro que ia disponibilizar mais 20 milhões, abrangendo mais atividades económicas, como indústrias criativas, lojas com história, atividades turísticas, industriais, desportivas e recreativas.
Na sessão de hoje, o vereador Miguel Gaspar (PS), também responsável pelo pelouro da Mobilidade, referiu que "há menos carros a procurar a cidade de Lisboa", com o comprimento médio das filas de trânsito a cifrar-se em 132 metros, cerca de metade face à situação antes da pandemia.
O autarca informou igualmente que a recolha de resíduos na cidade "teve uma quebra fortíssima", os "levantamentos multibanco caíram muito" e o setor da restauração é o que sofreu mais impacto com a covid-19.
Miguel Gaspar salientou que "2019 estava a ser um ano de crescimento, toda a atividade económica estava a crescer de forma significativa", cenário que mudou com a pandemia.
Os setores da alimentação e da saúde são os mais resilientes, frisou, mas "depois tudo o que são atividades de lazer, setor da moda, bens não-essenciais, têm médias de quebra de faturação na casa dos 30%/40%, muitas vezes".
Em termos de comércio de bairro, as zonas menos com menor impacto são as residenciais, como por exemplo a Almirante Reis ou Campo de Ourique, referiu o autarca.
Miguel Gaspar adiantou ainda que os estabelecimentos que tenham investimentos referentes à criação ou melhoria de esplanadas, entre 01 e 31 de outubro, "já podem ir ao 'site' da câmara apresentar as despesas".
A autarquia vai suportar 50% dos custos, até 2.500 euros por candidatura, e recebeu desde 01 de fevereiro 15 pedidos de apoio, segundo o vereador.
Relativamente ao programa Lisboa Empreende +, que dá apoio informativo aos empresários da cidade, regista um total de 1.261 empresas apoiadas, a grande maioria (93%) microempresas.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 2.400.543 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.321 pessoas dos 785.756 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Leia Também: Governo apoiou com 6,1 milhões regresso de 3.500 emigrantes portugueses
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com